Sirius – O acelerador de partículas brasileiro

Sirius – O acelerador de partículas brasileiro

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) está idealizando e construindo um centro de pesquisas exclusivo para cientistas brasileiros. Batizado de Sirius, o local será a maior e mais avançada fonte de luz síncroton, radiação eletromagnética de alto fluxo e alto brilho.

Localizado na zona rural de Campinas, o Sirius será, basicamente, um ultra-aparelho de radiografia capaz de fazer análises detalhadas da estrutura e funcionamento de estruturas micro e nanoscópias. A luz síncroton tem espectro com raio-x, ultravioleta e infravermelho em um feixe de luz 50 vezes mais fino que um fio de cabelo.

O prédio foi arquitetado sobre uma fundação com 13 metros de estruturas de ferro, quatro metros de pedra e, na base do piso, um metro de concreto de alta densidade. A estrutura ainda conta com molas desenvolvidas para evitar impactos, sendo tudo isso fabricado com tecnologia nacional.

Foto: Felix Lima/BBC Brasil

Aplicações
Na área da saúde, o centro de pesquisas será capaz de estudar o cérebro humano e, possivelmente, desenvolver tratamentos e medicamentos para doenças como parkinson, alzheimer, entre outras. Será possível ainda aprimorar o diagnóstico por imagens, a eficácia de medicações, além de realizar estudos sobre estruturas virais para a produção de vacinas.

No setor da energia, serão desenvolvidas baterias com mais duração, menos custo, menores e mais seguras, trazendo uma revolução na área energética com o aproveitamento de diferentes fontes de energia, inclusive com o uso de biomassas.

Já na agricultura, os cientistas poderão descobrir o funcionamento do solo com mais precisão, além de estudar os mecanismos de absorção das plantas, do controle de pragas e como aproveitar melhor insumos.

Por fim, na exploração de gás e óleo, será analisado como o estudo de rochas e o movimento e absorção do petróleo pode tornar os custos de produção mais baratos.

Com orçamento de R$ 1,8 bilhão, o Sirius é a maior estrutura científica já fabricada no Brasil. A primeira etapa será inaugurada nesta quarta-feira (14) com a presenta de Michel Temer, presidente da República, passando pelo seu primeiro teste: uma volta de elétrons em dois de seus três aceleradores.

A construção será entregue no segundo semestre de 2019 aos pesquisadores. No ano seguinte, em 2020, acontece a conclusão total da obra com 13 linhas em operação.

Fonte: CanalTech

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