Geração de energia puxa consumo de gás natural em 2013

Crescimento foi de 64,5%; demais segmentos ficaram estáveis
Crescimento foi de 64,5%; demais segmentos ficaram estáveis

Levantamento estatístico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) em 2013 aponta que o consumo de gás natural no País cresceu 17,8% em comparação com o ano anterior, aumentando a média diária de 57 milhões para 67,2 milhões m³. O crescimento foi puxado pelo segmento geração elétrica, que subiu 64,5% em relação a 2012, devido ao acionamento das térmicas para garantir a oferta de energia em virtude do nível dos reservatórios abaixo do esperado para o período e também do aumento no consumo de energia elétrica.

Sem considerar a geração elétrica, o consumo em 2013 registrou retração de 0,4%, ou seja, o mercado não térmico se manteve estável. “O mercado não térmico está altamente dependente do mercado térmico. O governo não está dando a devida atenção ao gás natural. Falta um planejamento integrado que dê incentivos e favoreça a equalização dos custos dos energéticos concorrentes. Enquanto isso, todo o planejamento da Petrobras aponta para maior dependência do mercado externo. É preciso incentivar novas fontes de oferta de gás natural no mercado nacional e também fundamental a antecipação da produção nos blocos licitados durante a 11ª e 12ª Rodadas da ANP, naturalmente, sempre respeitando a razoabilidade econômica dessa operação”, resume Augusto Salomon, presidente executivo da Abegás.

“Apesar de apresentar benefícios como economia comprovada de até 53% em relação à gasolina, melhor rendimento por quilômetro rodado e menor emissão de poluentes, o GNV ainda é mal aproveitado, mais pela falta de políticas de incentivo do que pela aceitação do consumidor. Prova disso é que a Fiat comercializou 6.053 unidades do Siena tetrafuel em 2013, registrando a venda de 39.294 unidades do modelo desde o seu lançamento, em 2006. É importante o desenvolvimento de políticas públicas de incentivo ao segmento, como a desoneração tributária do gás natural veicular, dos equipamentos para conversão e também com incentivos para que outras montadoras, a exemplo da Fiat, produzam veículos tetrafuel ou triflex”, observa Salomon.

Fonte: Jornal Energia                                                                                                                          logopet (1)

1008jia2001