Microavião bate asas, plana e até paira no ar

Microveículo aéreo

Cientistas do Centro de Inovações em Biomimética, da Alemanha, projetaram um microavião capaz de decolar e voar batendo asas, planar e até pairar – tudo inspirado no movimento de pássaros.

O design absolutamente versátil do pequeno avião – que se insere na categoria dos microveículos aéreos (MAV: Micro Air Vehicle) – destina-se à construção de um sistema de vigilância.

Na verdade, não fossem as inovações significativas na forma de voo, o projeto bem poderia ser chamado de “câmera voadora” – tudo é projetado para o bom funcionamento das microcâmeras que serão levadas a bordo.

Biomimetismo

O movimento do microavião combina o bater de asas, para a decolagem e o deslocamento, com a capacidade de planar e até pairar, para garantir imagens de boa qualidade a partir de qualquer câmera a bordo.

Seguindo um conceito conhecido como biomimetismo, o protótipo foi inspirado em um pássaro em um particular, o andorinhão.

“Sabemos que os andorinhões têm enorme capacidade de manobra e podem planar de forma muito eficiente. Assim, imaginamos que estas aves seriam um bom ponto de partida para um microavião batedor de asas energeticamente eficiente,” explicou o Dr. William Thielicke, que apresentou o projeto durante a Conferência Anual de Biologia Experimental, em Glasgow, neste domingo.

Versatilidade no voo

Embora os microveículos aéreos de asa fixa sejam energeticamente mais eficientes, sua manobrabilidade é muito baixa, não se adequando bem a tarefas em ambientes restritos.

Os engenheiros alemães então combinaram o bater de asas – que tem a vantagem de dispensar a pista de decolagem – com a capacidade de tornar as asas fixas para o voo planado, melhorando a eficiência energética total e garantindo boas imagens.

Quando necessário, o microavião pode voar a velocidades mais lentas do que é possível com um avião de asa fixa, além de manobrar em espaços confinados.

“Embora os modelos ainda não estejam prontos para serem usados, os testes iniciais são positivos e esperamos que este projeto combine o melhor dos dois mundos,” diz Thielicke.

Fonte: Inovação Tecnológica