Pré-sal vai produzir 1,8 milhão de barris por dia em 2020
Investimentos chegarão a US$ 111 bilhões, diz presidente da Petrobras. Empresa levou 53 anos para atingir produção de 1,8 milhão barris diários
Gabrielli lembra no blog que a indústria do petróleo no Brasil movimenta cerca de 10% do PIB, 7% das exportações brasileiras e 12,5% da arrecadação federal, o que permitiria investimentos em outras áreas da economia não ligados à indústria do óleo.
Preço dos combustíveis
Gabrielli disse que o aumento da produção não significará preços menores dos combustíveis no mercado interno. “Infelizmente não é possível isso, a menos que nós isolemos o país. O Brasil não é uma ilha isolada do mundo. O petróleo não pode ser desconectado do mercado internacional.” afirmou.
Segundo ele, a empresa mantém uma “relação de longo prazo” com o mercado brasileiro. “A verdade é que nós temos uma política de que não repassamos ao mercado brasileiro as variações diárias dos preços internacionais. Nós mantemos uma relação de longo prazo, porque em última instância o que nós não estamos pagando não é o custo de produção do barril do petróleo, porque o petróleo é um produto que se esgota, no tempo ele vai se exaurir. Então, o custo do petróleo na verdade é o custo do novo barril, que você precisa encontrar e produzir para incluir, e esse custo é um custo internacional, infelizmente”, disse.
Biocombustíveis
O presidente da Petrobras disse que a empresa mantém sua meta de aumentar sua produção de biocombustíveis. “Continuamos comprometidos em ampliar a produção, incluindo novas tecnologias, para exportar e aumentar nossa presença na produção de etanol. Estamos planejando a construção de alcodutos para trazer a nova produção de etanol para porto e viabilizar mais exportações”, declarou.
Gabrielli disse que a empresa vai manter seu foco na produção de combustíveis líquidos, apesar de manter alguns investimentos em fontes alternativas de energia. “Estamos fortemente concentrados na produção de etanol e biodiesel. Temos pequenos investimentos em [energia] eólica e solar. Achamos que a ênfase do nosso investimento deve ser nos combustíveis líquidos.”
Acionistas
Sobre a ampliação da oferta de ações da empresa, Gabrielli disse que os pequenos acionistas que não exercerem sua opção de compra para dobrar a participação na composição acionária – que deve ocorrer com a capitalização da Petrobras – terão uma diluição na participação dos dividendos, mas serão beneficiados no longo prazo pela valorização dos papéis da companhia.
“Nenhum acionista será prejudicado. Todo acionista terá o direito de comprar as ações na mesma proporção em que têm hoje. Se não quiser comprar, não exercerá o seu direito e vai reduzir, será um pouco diluído, no ganho dos dividendos. Porém, o valor da Petrobras aumentará, porque o capital aumentará e você [acionista] acabará sendo beneficiado pelo crescimento, no futuro, do valor da Petrobras”, afirmou Gabrielli.
Fonte: Gazeta