Engenheiro cria projeto com cápsula de fuga para aviões comerciais
O avião decolou normalmente, mas ao atingir a altitude e velocidade de cruzeiro o motor esquerdo começa a pegar fogo e a aeronave inicia uma queda livre mortal. O que fazer nessa situação de desespero? Com o projeto elaborado pelo engenheiro aeronáutico ucraniano Vladimir Tatarenko, bastaria apertar um botão e todos os passageiros seriam salvos.
O engenheiro, que já trabalhou na Antonov e inclusive participou da criação do gigantesco AN-225 Mriya, propõe criar grandes capsulas de salvamento para aeronaves comerciais, que podem ser lançadas pela traseira do avião no caso de alguma adversidade durante voo.
Como mostra o vídeo que divulga o projeto, o interior da aeronave seria a própria capsula de salvamento. Ao ser ejetado da aeronave, paraquedas fream a queda e ao se aproximar do solo foguetes acionados por sensores de aproximação retardam ainda mais a velocidade de descida para o objeto pousar em segurança e não ferir os passageiros, o que pode acontecer em terra firme ou na água, onde contaria com auxílio de flutuares infláveis.
Segundo a descrição de Tatarenko, a capsula pode se separar do avião em menos de três segundos. No entanto, a aplicação do conceito exige aeronaves com caudas elevadas, o que automaticamente já elimina todos as aeronaves comerciais da Airbus e Boeing.
O inventor afirma ser muito difícil adaptar sua ideia em aviões que já existem. Seria necessário criar um modelo a partir do zero e desenvolvido em torno da cápsula, de dentro para fora. O engenheiro ucraniano ainda acredita que seu projeto é válido apenas para aeronaves de pequeno e médio porte, pois o módulo de salvamento pode elevar o peso dos aviões e por consequência seu consumo de combustível.
Para viabilizar o emprego das cápsulas de fuga por companhias aéreas, Tatarenko, entrevista pelo website ucraniano Ain sugere aumentar o preços das passagens em cerca de 30%. “Acredito que as pessoas pagariam mais caro no bilhete se tivessem a opção de se salvar no caso de um acidente”, aposta o engenheiro ucraniano.
Fonte: UOL.