Chineses realizam 1º implante de vértebra feito com impressora 3D
Médicos da Universidade de Peking implantaram com sucesso a primeira vértebra fabricada por impressora 3D em um paciente jovem.
O paciente, um menino de 12 anos, tinha um tumor maligno em sua medula espinhal. Depois de horas de cirurgia, médicos substituíram uma seção da vértebra cancerígena em seu pescoço com a parte impressa em 3D.
Impressão 3D cria camada sobre camada de material em padrões ou formas específicas para fazer um objeto 3D a partir de um modelo digital. Materiais de impressão em 3D são geralmente polímeros e metais, e, neste caso, de um pó de titânio, que é um material de implante ortopédico tradicional.
Existem limitações de fabricação de implantes ortopédicos tradicionais, que normalmente possuem formas ou tipos geométricos menos realistas ou que possuem menor conformidade com os ossos, por isso, acabam não aderindo ao osso sem cimento ortopédico ou parafusos.
O mercado mundial de ortopedia teve faturamento global de mais de 36 bilhões de dólares em 2008. De acordo com um novo relatório do Freedonia, a demanda por dispositivos médicos implantáveis nos Estados Unidos deverá aumentar em 7,7 % ao ano, chegando à 52 bilhões de dólares em 2015.
O estudo relatou que o setor de implantes ortopédicos será um do que mais crescerá, seguido da nanotecnologia e da biotecnologia, que vão impulsionar o crescimento e demanda do mercado. Com chegada da era da Economia de Prata, a ortopedia é um mercado de alto crescimento.
Como a impressão 3D é flexível, baseada e criada a partir de um modelo digital, permite que os implantes ortopédicos sejam impressos em qualquer forma. Isso abre as portas para centenas de possibilidades que não estavam disponíveis antes. Agora, em vez do uso de cimento ortopédico ou parafusos, o implante está, por si só, em conformidade e correspondência com osso em torno dele.
No caso do implante 3D do menino, o médico foi mais a fundo e fez pequenos poros no implante para que os ossos pudessem crescer, o que protege o dispositivo e elimina o cimento e parafusos posteriormente.
“Apesar de ser baixa, a probabilidade de rejeição de implantes tradicionais existe – pode ser que, a longo prazo e submetido à pressão, o osso se destaque de onde foi implantado. Esses problemas não existirão mais com implantes de peças impressas em 3D “, disse Liu Zhongjun, Diretor do Departamento de Ortopedia da Universidade de Pequim.
A equipe de Liu começou o programa em 2009 e desenvolveu projetos com base em sua experiência clínica e conhecimento das necessidades cirúrgicas atuais. Uma empresa de dispositivos médicos atualizou alguns de seus modelos para projetos 3D. Em 2010, eles realizaram ensaios em animais – ovelhas – e depois que tais ensaios clínicos provaram que os implantes 3D eram seguros, eles aplicaram em testes clínicos em humanos em 2012.
Fonte: Forbes