CNEN emite licença definitiva para construção de Angra 3
Licença nuclear
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT) emitiu a licença de construção da usina nuclear Angra 3.
A expectativa é de que a usina entre em funcionamento em 2015.
A licença foi aprovada em reunião extraordinária da Comissão Deliberativa da Cnen realizada em 25 de maio. Ontem foi feita a publicação do documento no Diário Oficial da União.
Construção do reator
A empresa que administra as usinas nucleares de Angra dos Reis, a Eletronuclear, já havia recebido a licença parcial de construção, com a qual podia preparar o terreno que recebe o prédio do reator nuclear e também erguer estruturas sem relação significativa com os aspectos de segurança nuclear, tais como almoxarifado, setores administrativo e portaria.
Agora, a Eletronuclear pode investir na construção do prédio que abrigará o reator nuclear e em outros que auxiliam e complementam o processo de geração de eletricidade de origem nuclear e que tenham relevância nos aspectos de segurança nuclear.
Condicionantes
A Cnen acompanhará cada etapa da construção. Inspetores, que trabalham dentro da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), área que abriga Angra 1, 2 e 3, farão o acompanhamento diário. Pontos específicos da obra terão a fiscalização reforçada por especialistas da sede da Cnen e de suas unidades.
Este trabalho permite à Cnen certificar-se de que a Eletronuclear está agindo dentro do previsto nos projetos apresentados para obtenção da licença. E também possibilita analisar o adequado cumprimento das cerca de 30 condicionantes que a Eletronuclear deve atender durante a obra para dar continuidade ao processo de construção. Estas condicionantes estão previstas na licença e são, essencialmente, relativas à segurança do projeto.
Usina nuclear Angra 3
A usina nuclear de Angra 3 terá uma potência de 1.405 MW, gerada por reator do tipo PWR (a água pressurizada).
Um vaso de pressão contém a água de refrigeração do núcleo do reator. Essa água quente circula por um gerador de vapor, em circuito fechado, chamado de circuito primário.
A outra corrente de água que passa por esse gerador (circuito secundário), e é transformada em vapor, acionando a turbina para a geração de eletricidade. Os dois circuitos não têm comunicação entre si.
Instalada em uma área de 80.563 metros quadrados, serão gastos 200.000 metros cúbicos de concreto e 30.800 toneladas de aço na construção de Angra III.
Fonte: Inovação Tecnológica