Drone com pau de selfie ganha novos poderes
Rigidez variável
Engenheiros da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, criaram um “pau de selfie” retrátil para ser usado como um braço robótico por drones.
O braço tem uma estrutura dobrável inspirada na técnica do origami, mas surpreende pela rigidez que alcança quando estendido, o que foi possível graças ao que os pesquisadores chamam de “rigidez variável”.
Esse mecanismo de rigidez variável é baseado em um princípio do origami de dobramento perpendicular: Duas linhas de dobra perpendiculares restringem o movimento uma da outra.
Usando este princípio, uma estrutura hexagonal (40 x 40 x 100 milímetros) que pesa menos de 30 gramas suporta mais de 12 kg de carga compressiva. Um único fio é suficiente para estender e recolher o dispositivo – o fio fica em um carretel acionado por um pequeno motor elétrico.
Leve e flexível, mas forte
Para demonstrar a funcionalidade do braço robótico, ele foi montado sob um drone, que decola, estende o braço, captura uma câmera no chão e então a utiliza para fazer um filme – catar lixo foi outra possibilidade testada pela equipe.
Segundo Suk-Jun Kim e seus colegas, o mecanismo de rigidez variável pode ser aplicado a outros tipos de robôs e estruturas em ambientes extremos, como regiões polares, desertos, embaixo d’água e mesmo no espaço.
“Os robôs macios têm grandes vantagens em seu movimento flexível, mas eles têm uma limitação por não suportar cargas pesadas sem deformação. Este braço robótico usa a tecnologia de rigidez variável que traz as vantagens tanto dos robôs rígidos quanto dos macios. Com esta propriedade, o braço robótico pode ser dobrado quando não está em uso e pode ser rígido quando necessário. Além disso, o braço é feito de compósito de tecido [de nylon] resistente e um filme forte de PET especialmente tratado para [permitir] usos práticos,” acrescentou o professor Kyu-Jin Cho.
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Fonte: Inovação Tecnológica