A importância da engenharia durante a epidemia do coronavírus
A engenharia sempre esteve presente em nosso meio e, com o avanço da tecnologia, ela se tornou cada vez mais presente.
“A engenharia, é essencial, inclusive em momentos difíceis como este”. Essa frase é o que destacada em vídeo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), segundo o site seesp. No cenário atual, onde a pandemia do coronavírus atingiu ao mundo todo, a engenharia, mais uma vez, apresenta-se necessária e pronta para inovações.
Na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais, foi montada uma equipe com pesquisadores e alunos para o desenvolvimento de viseiras de proteção que seriam cortadas através de máquinas de corte a laser. O produto foi desenvolvido pelo Grupo de Robótica Inteligente (GRIn) da própria universidade em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. O projeto teve como orientador o professor da Faculdade de Engenharia da UFJF, Leonardo Honório, que disse que, quando comparado a produção de uma impressora 3D, é mais ágil.
Esses protótipos estão sendo enviados para o Hospital Universitário da UFJF, onde são certificados quanto à segurança. Essa certificação garante que o profissional possa utilizar esse equipamento em qualquer ambiente hospitalar.
Também em Juiz de Fora, foi criado o SOS 3D. O engenheiro mecatrônico Allan Landau, junto com o empresário Giordano Bruno, dono da Lojinha Vamuino, desenvolveram, com a ajuda da Faculdade Vianna Júnior e alguns estudantes da Faculdade de Engenharia da UFJF, aros para face shields. Estes eram fabricados através de uma impressora 3D.
De início, eram produzidas 15 unidades por dia por cada impressora 3D, mas o projeto foi tomando proporções cada vez maiores quando as forças foram unidas junto às empresas Smarti9, que ajudou, no início, com algumas doações, a Heron Mecatrônica e a Ita Persianas, que fizeram o modelo final e o molde para injeção, e a Ellux, que está fazendo a moldes para injeção de plástico e o corte do acetato. Com isso surgiram as parcerias e, com a divulgação, muitas pessoas doaram e se voluntariaram a ajudar, inclusive a Arcelormittal. O projeto se expandiu para região, atendeu toda a zona da mata, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, e Espírito Santo. O objetivo atual é cobrir toda a região sudeste e expandir para outras regiões necessitadas.
A Engenharia como instrumento modificador
No Rio Grande do Norte, a equipe de engenharia do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da UFRN, formada por engenheiros de computação, engenheiros biomédicos, engenheiros eletricistas e engenheiros de produção, criou ferramentas para auxiliar no combate ao coronavírus. Utilizando biossensores que trabalham com processamento de sinais biológicos eles permitem acelerar o resultado do exame para identificação do coronavírus, além de desenvolverem uma série de equipamentos que auxiliam no tratamento, como os ventiladores mecânicos e a produção de máscaras através de uma impressora 3D.
A tecnologia é constante aliada da evolução e, para combater o vírus, temos que nos ater cada vez mais à ela. Diante desta análise, observamos a importância das pesquisas desenvolvidas nas Faculdades em todo o Brasil. Cabe aos médicos e engenheiros proporcionarem o desenvolvimento de novas tecnologias e a população a seguir o distanciamento social a fim de superar esta triste etapa.
Por: Camilla Schettino