A digitalização está mudando os rumos da transmissão e distribuição de energia!

A digitalização está mudando os rumos da transmissão e distribuição de energia!

O Brasil é um país de dimensões continentais com potencial energético incomparável: segundo uma pesquisa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), são 151,7 GW de potência instalada em cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados.

Ao mesmo tempo, a demanda por energia não para de crescer. Levantamentos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que, até 2026, esse aumento será de aproximadamente 3,7% ao ano — e o consumo energético do brasileiro deverá triplicar até 2050, chegando a 1.624 terawatt-hora (TWh). Haja abastecimento!

A boa notícia é que, mesmo diante dos desafios de infraestrutura e das proporções continentais do país, as oportunidades alavancadas pela transformação digital da indústria no setor de geração e transmissão de energia podem trazer um horizonte repleto de inovação — e as possibilidades de desenvolvimento de soluções disruptivas são, cada vez mais, expandidas. Além disso, considerando a enorme quantidade de recursos naturais disponíveis por aqui, as fontes renováveis tornam-se alternativas viáveis capazes de suprir, de maneira sustentável, as necessidades de cidades e indústrias.

Tudo isso graças à aplicação de uma poderosa ferramenta estratégica: a Internet Industrial. Com ela é possível reunir pessoas, dados e máquinas para que, juntos, possam otimizar processos e cadeias, aumentar eficiência e produtividade, antecipar riscos e falhas e, assim, corroborar decisões mais inteligentes.

Conheça a seguir algumas tendências tecnológicas que vêm com toda a potência para impulsionar o setor!

Smart Grids e o amanhã da energia

As estão revolucionando o mercado de energia no mundo inteiro. Dotadas de recursos digitais e capacitadas pelo desenvolvimento integrado de vantagens provenientes da Tecnologia da Informação, elas são capazes de elevar a eficiência de todo o sistema, controlar o fluxo de energia de maneira mais inteligente e, desta forma, gerar resultados mais sustentáveis.

Compostas por medidores eletrônicos inteligentes em várias fases da transmissão e distribuição de energia, elas também podem monitorar o consumo, detectar falhas, armazenar energia e acionar mecanismos para evitar interrupções — tudo isso em tempo real! Além disso, elas permitem a maior integração das fontes de energia renovável à rede e conseguem o aproveitamento máximo da energia gerada.

Em terras brasileiras, a inserção à era digital das redes elétricas acontece em uma boa velocidade: já existem projetos de instalação de equipamentos em municípios como Sete Lagoas (MG) e Barueri (SP). Não é à toa que as Smart Grids são apontadas como fundamentais para as cidades do futuro!

Microgrids: os consumidores-geradores impulsionados pelo digital

Com a ascensão das redes elétricas do futuro, pequenas redes elétricas independentes e digitais— e habilitadas com seus próprios recursos de geração, armazenamento e softwares — serão cada vez mais interessantes para a otimização do uso da energia elétrica. Chamadas de microgrids, elas podem integrar as vantagens da geração flexível de pequeno porte aos rendimentos originados a partir de fontes limpas, empregando controles inteligentes para decidirem se vale a pena operar conectadas à rede principal.

Outro benefício dos microgrids é a possibilidade de potencializar sua aplicação por meio de automação e análise de dados. Por se tratarem de equipamentos de baixa e média tensão, isso significa um potencial de crescimento gigantesco: segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já são mais de 10 mil conexões de micro e minigeração distribuída no Brasil, com potência instalada de 113.195,48 kW.

As conquistas trazidas pelas subestações digitais inteligentes

Imagine deixar a distribuição e a transmissão de energia elétrica mais seguras, confiáveis e com maior custo-benefício, de forma a maximizar a utilização em até 15%. Com as soluções da GE para subestações — instalações elétricas de alta potência entre as usinas geradoras de energia e as cidades -, o gerenciamento inteligente das redes já é possível: por meio de um software de otimização de ativos, realizar monitoramentos e diagnósticos, viabilizando análises preditivas, torna-se um recurso regular para elevar a produtividade. É que por meio de sensores conectados, a subestação pode ser examinada continuamente e em tempo real, permitindo configurar a melhor forma de operação e o “estado de saúde” dos equipamentos. Incrível, né?

Armazenamento de energia: soluções digitais e energia limpa

Que a energia limpa é a essência do setor nos próximos anos todo mundo sabe. No entanto, a geração de energia de plantas eólicas e solares para o sistema oscila durante certos períodos, o que as caracteriza como fontes intermitentes ou não-despacháveis. Quando gerenciadas de maneira inadequada, esse fator pode trazer alguns problemas na operação dos sistemas elétricos.

Mas podemos ficar tranquilos: sistemas inteligentes de armazenamento já estão entre nós! Capazes de absorver uma rápida rampa positiva ou negativa de geração de energia, permitindo que o que foi gerado por uma planta renovável possa ser entregue ao sistema em momentos de maior demanda, o sistema contribui para a diminuição de desperdícios, traz flexibilidade para a operação e evita o congestionamento das redes, além de segurança e estabilidade. Ainda, devido ao entendimento em tempo real sobre os estados operativos, a digitalização também permite que o sistema seja preditivo, possibilitando a avaliação constante para checar se o que foi previsto de carga e de demanda está dentro do esperado. Bem-vindos ao futuro!

Fontes: GE Reports Brasil

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