Estamos preparados para os terremotos?

Estamos preparados para os terremotos?

Introdução:
Na primeira quarta-feira de abril, um terremoto de magnitude 7,4 foi registrado em Taiwan. Além de causar a morte de dezenas de pessoas, o evento deixou mais de 1000 desabrigados e gerou dois alertas de tsunami para ilhas do Japão e das Filipinas. Esse acontecimento levanta questionamentos sobre as tecnologias que podem ser desenvolvidas e utilizadas para mitigar os danos causados por terremotos.

IA:
Quando se trata de prever a ocorrência de terremotos, durante muitos anos as tecnologias permaneceram estagnadas, e alguns cientistas consideravam esse feito impossível. No entanto, desde a criação das inteligências artificiais, têm-se estudado possibilidades de aplicação delas nesses casos. Embora tenham sido realizados alguns testes bem-sucedidos nos quais a IA tentou reconhecer padrões nos dados de terremotos anteriores para prever eventos futuros, houve também falhas devido à falta de informações abrangentes. Os terremotos são eventos considerados raros, e a IA requer um conjunto extenso de dados para aprimorar seus algoritmos. Alguns cientistas estão otimistas de que, com algumas décadas de avanço, ela será capaz de prever esses eventos com maior precisão.

GPS:
Assim como a IA, o GPS busca identificar sinais precursoras que ocorrem horas antes de um terremoto e alertar as pessoas. Entretanto, os cientistas ainda não conseguem afirmar com certeza como esses sinais são, havendo apenas teorias baseadas em estudos de cerca de 90 terremotos. Em resumo, as tecnologias para previsão de terremotos ainda estão em estágios iniciais.

Tecnologia para localizar desaparecidos:
Embora as tecnologias ainda não possam prevenir terremotos, têm sido desenvolvidas ferramentas importantes para ajudar no resgate após esses eventos. Foram criados bio-radares para auxiliar na localização de vítimas soterradas. Essa tecnologia combina um drone com quatro tipos diferentes de sensores, cada um responsável por uma função específica, como detectar movimentos respiratórios de vítimas enterradas, localizar telefones celulares, medir gás a laser para identificar misturas explosivas no ar e analisar a estrutura de detritos para avaliar a estabilidade dos mesmos. Isso tem tornado as operações de busca mais rápidas e eficientes.

Tecnologias para proteção estrutural:
Outro avanço importante foi a criação de equipamentos capazes de reduzir os danos causados a estruturas físicas, como prédios e casas. Países mais suscetíveis a terremotos, como o Japão, têm investido em tecnologias para construir prédios resistentes a esses eventos. Uma adaptação relevante consiste em um sistema de contrapeso instalado no centro do edifício, que pode movimentá-lo de forma contrária à força do terremoto. Além disso, desde a fase de fundação dos prédios, são instalados amortecedores eletrônicos para minimizar os tremores.

Tecnologia para prever tsunamis:
Além disso, outra ferramenta desenvolvida é o sistema de alerta de tsunami. Essa tecnologia é crucial, especialmente em regiões propensas a terremotos, onde há um aumento significativo do risco de tsunamis. Foi desenvolvido um sistema capaz de prever as áreas que podem ser afetadas por um tsunami. Isso é feito por meio de sensores que, ao detectarem um terremoto, identificam seu epicentro e calculam a possível área afetada pelo tsunami, enviando alertas para a população em questão de minutos. Isso permite que as pessoas busquem abrigo e minimizem os danos.

Conclusão:
Podemos observar, portanto, que a tecnologia desempenha um papel crucial na redução dos danos causados por desastres naturais. Embora ainda não tenhamos alcançado o nível de evolução desejado pelos cientistas na previsão de terremotos, focamos nossos esforços no desenvolvimento de tecnologias capazes de minimizar os danos causados por esses eventos. Enquanto a previsão exata de terremotos permanece um desafio, continuamos avançando na proteção e na segurança das comunidades afetadas por esses eventos.

Autor: Isabella Costa Lacerda

Isabella Costa