Cerveja pode ficar bem mais cara devido às alterações climáticas
As mudanças climáticas não só causam o aumento do nível do mar, furacões mais fortes e incêndios florestais mais intensos, mas também podem aumentar o preço global da cerveja.
Segundo um estudo conduzido pelas universidades americanas UCI(Universidade da Califórnia) e UEA(Universidade de East Anglia) e publicado na revista científica Nature, as secas e as ondas de calor cada vez mais intensas podem causar quebras acentuadas na produção de cevada – um dos principais ingredientes da cerveja.
A pesquisa prevê que as mudanças climáticas podem afetar de forma severa o fornecimento global de cerveja. Além disso, os modelos econômicos utilizados no estudo apontam também para uma forte possibilidade de os preços aumentarem em vários países face à quebra na produção.
Para o estudo, pesquisadores de Reino Unido, China, México e Estados Unidos identificaram eventos climáticos extremos e projetaram os impactos na produção de cevada em 34 regiões do mundo.
“É a primeira vez que isso é feito”, disse à DW o coordenador do estudo e principal autor do Reino Unido, Dabo Guan, que é professor de economia da mudança climática na UEA. “Nosso objetivo era alertar as pessoas nos países ocidentais desenvolvidos de que a vida privada delas será seriamente afetada pelas mudanças climáticas. Talvez elas não venham a sofrer com a fome causada pela mudança climática da mesma forma que nos países em desenvolvimento, mas sua qualidade de vida será seriamente prejudicada”, afirmou o especialista.
“Com o aumento de eventos climáticos extremos, itens de luxo começarão a ficar muito caros ou mesmo indisponíveis”, frisou Guan. “É claro que isso não mata. Mas a qualidade de vida das pessoas será seriamente comprometida, e a estabilidade social ficará ameaçada. E talvez isso sirva de alerta para que as pessoas façam alguma coisa a respeito da mudança climática agora. A mudança climática é responsabilidade de todos. Precisamos agir juntos para combater o aquecimento global.”
Gostou do conteúdo? Deixe seu comentário!
Fonte: EngenhariaÉ