Pequenos, mas super importantes

Pequenos, mas super importantes

No início dos estudos dos átomos acreditava-se que se tratava da menor parte da matéria, mas os estudos modernos permitiram aos cientistas descobrir partículas que nem sequer eram imaginadas, as partículas subatômicas Elas compõem o núcleo e, por mais que sejam minúsculas, essas partículas têm extrema importância para a vida na Terra pois são elas que mantêm as estruturas compactas e fixas e permitem um melhor estudo de reações químicas.

Além disso, algumas partículas subatômicas possuem outros usos que podem facilitar pesquisas em diversas áreas podendo gerar um impacto no nosso cotidiano:

Múons

São partículas semelhantes ao elétron, porém  a massa de um múon é cerca de 207 vezes maior, o que dá a ele um poder de penetração muito maior. Por isso, foi possível criar a técnica da múongrafia,  ao passar por um objeto, os eles são mais absorvidos nas áreas com maior densidade. Medindo o número de partículas e a direção em que viajam, é possível saber a densidade dos materiais que cruzaram. Dessa forma, os pesquisadores conseguem escanear estruturas imensas, como as pirâmides ou vulcões.

Um exemplo é o projeto Scan Pyramids que teve início em 2015 e busca encontrar cavidades e estruturas desconhecidas no interior das pirâmides egípcias para proporcionar um melhor entendimento da sua construção e de possíveis descobertas históricas.

No caso dos vulcões , o uso de detectores de múons gera informações sobre a estrutura de um vulcão que podem ajudar os cientistas a prever riscos e esperar uma eventual erupção.

Neutrino

São partículas com carga neutra e que interagem apenas por meio da força nuclear fraca e da gravidade. Por serem a única partícula capaz de atravessar o planeta sem sofrer desvio ou outras interações, foram usadas para realizar uma radiografia da Terra, permitindo um estudo mais aprofundado do seu núcleo e da sua densidade.

Um fato curioso é que o estudo dos neutrinos gerou questionamentos sobre a teoria da relatividade, uma vez que pesquisas observaram essas partículas se movendo a uma velocidade ligeiramente maior do que a da luz. Os cientistas debateram dois pontos principais: ou houve uma falha no momento da pesquisa ou a velocidade do neutrino é realmente maior do que a da luz. O primeiro, alega que algum equipamento poderia estar descalibrado ou que a análise dos dados foi feita de forma equivocada, já o segundo diz que caso haja alguma dimensão além das três que conhecemos o movimento de uma partícula nela aparentaria ser mais veloz que a luz.

Fóton

Uma das mais famosas partículas subatômicas, foi por meio de seu estudo que Einstein recebeu seu prêmio Nobel em física. O renomado físico percebeu que as observações do efeito fotoelétrico faziam sentido caso a luz se comportasse como um agrupado de pacotes de energia, que foram denominados fótons. Foi graças a essa conclusão que foi possível utilizar de forma mais clara os impactos desse efeito e gerar tecnologias como os painéis de energia fotovoltaica e algumas transmissões mais refinadas de cinema.

Conclusão

É super interessante que coisas tão pequenas no nosso planeta podem ter um impacto tão grande: as partículas subatômicas não só são a essência estrutural e funcional  de toda matéria existente, mas há diversos outros usos que se refletem na nossa vida. Podemos destacar que existem várias outras partículas que também influenciam nosso cotidiano e algumas que ainda estão no campo teórico cuja descoberta pode gerar ainda maiores impactos nas áreas de física e química resultando em avanços tecnológicos para toda a sociedade.

Thiago Munck

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