Especial: Drones, até onde a sua utilidade é benéfica?
Os drones caíram no gosto popular devido a sua extrema utilidade e possibilidades de literalmente dar asas a imaginação.
Drone é uma palavra inglesa que significa “zangão“, na tradução literal para a língua portuguesa. No entanto, este termo ficou mundialmente popular para designar todo e qualquer tipo de aeronave que não seja tripulada, mas comandada por seres humanos a distância.
Os anos 80 marcaram grande desenvolvimento para os drones. Uma das primeiras vezes em que uma versão moderna deste equipamento foi a campo foi em 1981, quando o exército da África do Sul usou drones israelenses em combates contra Angola.
Porém, o drone que anteriormente tinha apenas função bélica, passou também a ser acessível para toda a população.
A Embrapa trabalha em parceria com a Qualcomm, fabricante de processadores para smartphones, no desenvolvimento de uma placa que será embarcada no próprio drone para processar automaticamente as imagens capturadas pela aeronave.
Os modelos de drones atuais apenas captam as imagens, que precisam ser transferidas para softwares pesados e computadores mais robustos, o que onera a tecnologia para pequenos e médios produtores.
O primeiro protótipo do produto deve ficar pronto entre março e abril de 2017. O setor agrícola aguarda da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) novas regras para uso comercial de drones.
“Quando isso acontecer, acreditamos que a demanda vai explodir”, disse o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Lúcio André de Castro Jorge.
Expansão ao acesso à Internet:
O Facebook anunciou a construção de um drone próprio, para levar conexão de internet a partes remotas do mundo.
O drone, que tem a envergadura de um Boeing 737, vai operar a uma altura de até 27,4 quilômetros e pode ficar no ar por períodos de até 90 dias.
A empresa diz que o drone poderá fornecer internet a uma velocidade de 10 gigabits por segundo.
A novidade, que será testada nos EUA no final do ano, foi projetada pela equipe aeroespacial do Facebook, informou Jay Parikh, vice-presidente de engenharia e infraestrutura global da empresa.
“Nosso objetivo é acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias que possam mudar drasticamente o cenário econômico da disponibilização de infraestrutura de internet”, disse Parikh.
“Estamos analisando diversas abordagens diferentes para esse desafio, inclusive com aeronaves, satélites e soluções terrestres. Nossa intenção não é construir tecnologias e operá-las nós mesmos, mas sim avançar mais rapidamente no estado dessas tecnologias para que elas se tornem soluções viáveis para serem empregadas por operadores e outros parceiros.”
Entrega de alimentos:
Esse é um dos pontos mais claros envolvendo drones, futuramente poderemos ter diversas lanchonetes e restaurantes utilizando o recurso. Nos EUA uma start-up teve a ideia de utilizar drones para entregar tacos aos seus clientes, mas por enquanto a Administração Federal de Aviação está bloqueando o intitulado Tacocopter. No Brasil já temos alguns exemplos envolvendo a união de drone com a entrega de alimentos.
A primeira entrega de pizza com drone do mundo foi reivindicada nesta quarta-feira pela divisão neozelandesa da gigante de fast food Domino’s, que parece conquistar uma fatia de um mercado futuro potencialmente próspero.
A Domino’s informou ter usado um veículo aéreo não tripulado para entregar duas pizzas a um cliente em Whangaparaoa, ao norte de Auckland.
O diretor da empresa, Don Meij, disse que os drones estavam prontos para se tornarem parte essencial das entregas de pizza.
“Eles podem evitar engarrafamentos e semáforos, e reduzir com segurança a distância e o tempo de entrega, viajando diretamente para as casas dos clientes”, disse Meij.
“Este é o futuro. A entrega bem-sucedida de hoje foi uma prova importante desse conceito”, acrescentou.
Entretanto a liberdade no uso de drones, além dos claros benefícios, são passíveis de algumas situações que são adversas.
No último dia 15 de novembro, a autoridades colombianas capturaram o que pode ser o futuro do narcotráfico: drones. As evidências sugerem que o veículo aéreo não tripulado estava sendo usado no transporte de drogas.
As autoridades desconfiam esse veículo estava sendo usado para transportar drogas da parte norte da Colômbia até o Panamá. A informação foi publicada pelo jornal panamenho El Siglo.
O drone, ainda desmontado, foi encontrado na Bahía Solano, no litoral da Colômbia. Junto com as peças, estavam 130 quilogramas de cocaína. Tudo estava enterrado sob a areia.
Um dos envolvidos na apreensão, general Jose Acevedo, acredita que o drone era usado no transporte de drogas. “Ele tinha capacidade de transportar dez quilogramas por viagem e podia viajar por 100 quilômetros”, disse ao El Siglo.
Essa não é a primeira vez que um drone é visto fazendo transporte de drogas. Anteriormente, um drone carregando 2,7 quilos de cocaína caiu na fronteira entre o México e os EUA.
Em Londres, um veículo do tipo foi visto transportando drogas e celulares para dentro de um presídio.
Regras para utilização de drones:
Para se regulamentar o uso de drones e assegurar a segurança do cidadão, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) usará os primeiros pilotos de drones a pedirem certificação para comandar aeronaves não tripuladas com mais de 25 quilos como teste para criar os critérios necessários à… emissão de licenças. Quem quiser operar drones mais pesados terá que possuir o documento, segundo regulamentação que a agência deve publicar em julho, afirma Roberto Honorato, gerente técnico de processo normativo da Anac.
Não será exigida habilitação para quem conduzir drones mais leves de 25 kg, que operem abaixo dos 120 metros e dentro do campo de visão. Eles serão classificados como Classe 1. Essa será uma exigência para pilotos de veículos aéreos não tripulados maiores – da Classe 2, de 25 a 150 quilos, e da Classe 3, acima de 150 quilos.