Curvas fotométricas
Todos nós somos capazes de perceber o impacto da luz ambiente, mesmo que de forma inconsciente, podemos nos sentir mais atentos em alguns locais e mais relaxados em outros. Uma boa iluminação propicia conforto e eficiência, mas uma má utilização desse recurso é capaz de desvalorizar o ambiente e prejudicar completamente o funcionamento do espaço.
Embora o assunto nem sempre seja levado em consideração, a iluminação de um ambiente é de grande importância e impacta de forma significativa nosso humor e disposição. A luminotécnica abrange vários aspectos, como: a disposição dos pontos de luz, a temperatura da cor, a quantidade de lâmpadas, entre outros. A norma NBR 5413 traz para nós exigências mínimas a serem atendidas para ambientes internos, mas a luminotécnica vai muito além disso. O estudo é bem amplo e interessante, portanto hoje vamos ver um dos aspectos importantes para esse estudo, a curva fotométrica!
Entender a fotometria é fundamental para a boa utilização do fluxo luminoso, da intensidade e da direção luminosa. A curva fotométrica é a curva de distribuição da intensidade luminosa. Na imagem a seguir podemos visualizar o que seria essa curva, ela nos mostra como é distribuída a luz de uma fonte luminosa no espaço.
Vale lembrar que quando falamos em curva fotométrica estamos falando da curva de distribuição de intensidade luminosa, porém existem outras grandezas fotométricas que também podem ter suas curvas, são elas: curva de iluminância, curva de luminância, curva de fluxo luminoso, entre outras.
Uma questão muito importante e que podemos observar nessa imagem, é justamente a distribuição luminosa da luminária em questão, sabemos que cada luminária tem sua própria curva fotométrica e nesse exemplo observamos tanto o fluxo emitido para o hemisfério inferior como para o superior, nesse caso específico o fluxo para o hemisfério superior em um ângulo de + 45° é o mesmo quando comparado ao ângulo de -45°, esse efeito diminui a eficiência da luminária. Para a escolha de uma luminária eficiente, devemos considerar as luminárias com os maiores rendimentos no hemisfério inferior, visto que a luz emitida para o hemisfério superior participa da iluminância somente indiretamente, via reflexão do teto.
Embora tenhamos visto a representação espacial da curva de distribuição da intensidade da luz, ela geralmente é descrita em curvas polares, por motivos práticos. As curvas polares descrevem a direção e a intensidade da luz em torno do centro da fonte de luz. Além das seções transversais e longitudinais, o corte pode ser feito em qualquer direção.
Por definição temos que a distância de qualquer ponto da curva para o centro indica a intensidade luminosa dessa fonte naquela direção.
Na figura abaixo as curvas de distribuição de intensidade luminosa (CDL) foram colocadas sobrepostas, temos a representação nos planos longitudinal, transversal e diagonal de uma luminária.
Nos projetos, geralmente, são analisados não só o desempenho fotométrico, mas também o mecânico e elétrico.
O desempenho fotométrico está relacionado com a eficiência e a eficácia da luminária ao direcionar luz para o alvo desejado, que é determinado pelas propriedades fotométricas da lâmpada, da luminária e pela qualidade dos componentes de controle da luz. O desempenho mecânico descreve o comportamento da luminária, incluindo condições extremas de temperatura, jatos de água ou pó, choques mecânicos e fogo.
Já o desempenho elétrico descreve a eficiência da luminária e de seus equipamentos auxiliares ao produzirem luz e seu comportamento elétrico.
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Por: Luísa Barbosa