A engenharia por trás da mágica

A engenharia por trás da mágica

Imagineerings: os responsáveis por fazer a mágica acontecer

Criada no final de 1952, Walt Disney Imagineering e o ramo de desenvolvimento e pesquisa da companhia responsável pela criação, design e construção dos parques temáticos da Disney por todo mundo. Com uma equipe de profissionais dos mais diversos ramos estão sempre pensando em como deixar os parques mais imersivos e atraentes ao público, tendo mais de 300 patentes sobre seu regime.

Com o fim de manter o ecossistema mágico dentro dos parques e fazer as atrações serem o mais atraente possíveis ao público, a associação tem 15 princípios, técnicas e práticas para a construção dos parques. Um desses princípios é a “especulação do céu azul” ( “blue sky speculation“) que consiste em idealizar tudo sem nenhuma limitação, seja ela financeira ou até mesmo de espaço, com o fim de fazer com que todos os detalhes da atração possam ser pensados com alto grau de detalhamento e, posteriormente, as ideias são aparadas para a criação final do projeto.

Outro tema muito presente na ideologia de trabalho dos imagineerings é de tratar toda a parte visitável do parque como um grande palco onde está sendo apresentado o show. Assim são construídos vários sistemas para que não se vejam dois personagens iguais em uma mesma área ou um personagem de uma área temática em outra. Dentre esses sistemas, um dos mais conhecidos são os túneis subterrâneos do Magic Kingdom (utilidors) que são usados para as mais diversas tarefas, desde armazenamento até transporte de personagens para áreas do parque.

Audio-Animatronics: trazendo vida aos parques.

Comumente chamados de animatronics (ou AA) é um tipo de robô patenteado pela Disney para ser utilizado em seus parques e atrações. Seu primeiro uso data de 1961, com “Pierre” um papagaio falante da atração “Enchanted tiki room”, e desde então vêm sendo amplamente utilizados em todos os parques. Esses robôs geralmente se movimentam, mas na maior parte das vezes se mantêm fixos a determinado local, e fazem barulhos, que representam suas características ou uma música.

A movimentação dos audioanimatronics podem ser realizadas de algumas maneiras:

  •  Acionadores pneumáticos e hidráulicos: utilizado para simular movimento dos membros de robôs mais antigos. Por serem analógicos são usados no lugar de acionadores ON/OFF, possibilitando uma grande amplitude e controle de movimentos;
  • Motes e acionadores robóticos: utilizados em robôs mais recentes devido a menor manutenção necessária e capacidade de utilização de maior quantidade de acionadores.

Forced perspective: fazendo os tamanhos parecerem diferentes.

Esse sistema de ilusão de óptica é usado por todas as partes dentro dos parques da Disney para fazer as construções ou salas parecerem ter um tamanho diferente do que é real. Para atingir esse efeito, os  imagineers usam do artifício da ilusão com coisas mais distantes, que parecem menores, e mais próximas, maiores.

Um grande exemplo disso é o castelo da Cinderela, no Magic Kingdom, onde a textura dos tijolos da parede e as janelas na base da construção começam com tamanho normal e, à medida que o prédio sobe,  vão diminuindo, a fim de fazer o castelo parecer maior que seu tamanho normal.

Outro exemplo que mostra esse efeito sendo usado de maneira reversa está presente no prédio da atração “A aventura americana”, no EPCOT. O edifício de 5 andares é construído de maneira que aparente ter 3 andares, para não sair do tema do pavilhão, visto que na época que ele tenta retratar não haviam prédios dessa altura.

Fantasma de Pepper: fazendo hologramas serem reais.

O efeito dos fantasmas de Pepper, é um efeito popularizado em 1862, que tem como objetivo causar a aparição de fantasmas ou hologramas. O efeito consiste em uma projeção de determinada figura em um vidro posicionado a uma angulação específica de quem se quer que perceba a ilusão. A imagem projetada no vidro aparenta estar realmente ali e a cena de fundo ainda pode ser vista.

Dentro dos parques esse efeito tem muitas utilidades e diversas finalidades. As mais comuns são: mudança de cenário, criação de fantasmas e hologramas. O primeiro efeito é usado em algumas atrações, como “Hollywood Tower of Terror” e “The Haunted Mansion”, nelas ao invés de se projetar os objetos na lâmina de vidro, ocorre a mudança da iluminação das salas. A sala que irá sumir tem sua iluminação retirada e a que entra no seu lugar agora estará iluminada.

O segundo efeito é o mais utilizado e está presente em “The Haunted Mansion” e “Rise of the Resistance”. 

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Escrito por: Eduardo Fonseca

Júlia Bittencourt