Solar: silício purificado
Uma parceria entre a Univesidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Tecnometal busca inovação em energia solar fotovoltaica. A fabricante brasileira de painéis solares e a universidade se associaram para experiências no processo de purificação de silício e produção de células. Um primeiro projeto já foi enviado para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do Fundo Tecnológico (BNDES Funtec), no valor de R$ 12,86 milhões, e foi pré-selecionado pela instituição em janeiro.
Esse projeto, com previsão de duração de três anos, propõe a construção de um laboratório de 500 metros quadrados na universidade e a compra de diversos equipamentos de pesquisa. Dentro do valor total, a Tecnometal Energia Solar deverá oferecer uma contrapartida de 10% do projeto, que consiste na purificação do silício metalúrgico para transformá-lo em células de energia solar fotovoltaicas. A empresa mineira conta com uma fábrica de painéis fotovoltaicos em Campinas (SP).
Estão envolvidos na pesquisa o Laboratório de Fusão por Feixe de Elétrons e Tratamentos Termomecânicos, do Departamento de Engenharia de Materiais da Faculdade de Engenharia Mecânica, e o Laboratório de Pesquisas Fotovoltaicas, do Instituto de Física Gleb Wataghin. O projeto está dividido em três etapas: o desenvolvimento do processo de purificação do silício grau metalúrgico (Si-GM), a fabricação de lâminas de silício grau solar (Si-GS) e a fabricação de células solares.
Na universidade, as primeiras duas etapas estarão, majoritariamente, sob a responsabilidade da Faculdade de Engenharia Mecânica, enquanto a terceira fase será incumbência do Instituto de Física. Independentemente da aprovação final do BNDES, a Unicamp e a Tecnometal pretendem dar prosseguimento à parceria com o desenvolvimento de projetos a partir de outras fontes de financiamento.