Racionamento de energia no país está ‘cada dia mais distante’, diz ministro

Chuvas mais intensas elevaram nível de reservatórios do SE e CO. Braga afirmou, porém, que país ainda vive crise hídrica.

posttO ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira (8) que a maior incidência de chuvas nos últimos meses, e consequente elevação no armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, deixa “cada dia mais distante” a necessidade de um novo racionamento de energia no país.

“No Sudeste e Centro-Oeste está cada dia mais distante a possiblidade de termos um racionamento de energia, em que pese ainda tenhamos uma crise hídrica e tenhamos um volume de água nos reservatórios inferior ao de 2001 [ano do último racionamento]”, disse Braga durante audiência no Senado, em Brasília.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as represas de hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste tinham ao final desta terça-feira (7) armazenamento médio de 30,38%. Nas duas regiões estão usinas responsáveis por cerca de 70% de toda a capacidade de geração de energia no país.

Em novembro, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, afirmou que um novo racionamento no país em 2015 estaria descartado se esses reservatórios marcassem nível médio entre 30% e 35% ao final de abril, quando termina o chamado período úmido, época em que as chuvas são mais intensas no Sudeste e Centro-Oeste.

Chuvas em abril

A previsão mais recente do ONS, divulgada na sexta (3), aponta que deve chover nas duas regiões, no mês de abril, entre 77% e 99% da média histórica. Se isso ocorrer, os reservatórios chegariam ao dia 30 deste mês com armazenamento entre 31,1% e 35,2%.

Entre maio e novembro, o clima nas duas regiões é mais seco e o armazenamento nas represas cai.

Para ajudar a poupar água das hidrelétricas e evitar um novo racionamento, o país vem mantendo todas as termelétricas disponíveis ligadas desde o final de 2012, quando a estiagem teve início. Termelétricas são usinas que geram energia por meio da queima de combustíveis, como óleo e gás. Elas respondem hoje por cerca de 20% de toda a eletricidade produzida no país.

Entretanto, essa energia é mais cara devido ao custo com a compra de combustível para alimentar as termelétricas. E a conta é repassada aos consumidores, por meio de fortes aumentos nas contas de luz, que já vem sendo aplicados.

Fonte: G1logopet

1008jia2001