Geração eólica no País aumenta 26,5%
A produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN), entre janeiro e maio de 2017, foi 26,5% superior à geração em igual período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A entidade aponta ainda o Rio Grande do Sul como o terceiro maior produtor entre os estados brasileiros, com o incremento de 13% nessa geração no mesmo espaço de tempo.
Os parques eólicos gaúchos produziram 547,5 MW médios neste ano, sendo superados apenas por Bahia (704 MW médios) e Rio Grande do Norte (1.076 MW médios). Em capacidade instalada de energia eólica, o Estado cai para quarto lugar, com 1.715 MW, atrás de Bahia (1.750 MW), Ceará (1.965 MW) e Rio Grande do Norte (3.209 MW).
No total do Brasil, as usinas eólicas produziram 3.347,5 MW médios. A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema Interligado Nacional alcançou 5,5% em 2017. A fonte hidráulica (incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH) foi responsável por 81% do total, e as usinas térmicas responderam por 17,8%.
Ao final de maio deste ano, a CCEE contabilizou 422 usinas eólicas em operação comercial no País, que somavam 10.669 MW de capacidade instalada, incremento de 17,3% frente à capacidade das 356 unidades geradoras existentes no mesmo período do ano passado. Apesar de manter uma posição relevante no ranking nacional do setor eólico, desde 2014, nenhum projeto no Rio Grande do Sul venceu algum leilão de energia promovido pelo governo federal para comercializar eletricidade.
Atualmente, um obstáculo que precisa ser superado para que novos empreendimentos no Estado possam disputar esses certames é a conclusão de uma série de obras de transmissão que estavam a cargo da Eletrosul. Como a estatal federal não teve capacidade financeira para ir adiante com a iniciativa, está em negociações avançadas para confirmar o repasse da demanda para a chinesa Shanghai Electric.
“O mercado está no aguardo com muita expectativa que essa questão seja solucionada para que o Estado possa efetivamente voltar aos leilões”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica-RS), Ricardo Rosito. Outro assunto que interessa aos investidores em energia eólica é o zoneamento ecológico-econômico conduzido pela Secretaria do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (Sema). O presidente do Instituto Energia, Paulo Sérgio da Silva, adverte que, se o zoneamento for muito rígido, poderá inviabilizar alguns projetos eólicos. Silva defende que é necessário respeitar o meio ambiente, mas não se pode travar a propagação dos empreendimentos. Rosito acrescenta que a liberação em algumas regiões ficou mais complexa, como no entorno de lagoas ou no litoral, porém não chega a inviabilizar os parques eólicos, apenas exige um processo mais intenso no licenciamento.
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Fonte: Sol Central