Brasileiro descobre como usar quasicristais em células solares
Os alienígenas quasicristais poderão ajudar a trazer para a Terra mais energia do Sol na forma de eletricidade.
Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que a estrutura quase aleatória dos quasicristais, quando aplicada a uma célula solar, pode captar uma larga faixa de comprimentos de onda, o que resulta na geração de mais eletricidade.
Já se sabia que os quasicristais oferecem vantagens em termos do espectro de luz que eles são capazes de captar.
O problema com estas estruturas é que as suas propriedades são difíceis de adaptar para aplicações específicas – fabricar grades regulares é fácil, mas fabricar uma estrutura que deve variar de forma não-periódica é quase impossível.
Quem achou a solução para isso foi o brasileiro Emiliano Martins, atualmente na Universidade St Andrews, no Reino Unido.
Estrutura quase-aleatória
Emiliano criou uma nova estrutura que ele batizou de estrutura quase-aleatória, que combina a multiplicidade de frequências espaciais que é típica dos quasicristais com o alto nível de controle permitido pelas estruturas periódicas.
“O controle da propagação da luz é um aspecto crucial em fotônica. Aqui, nós demonstramos que, ajustando cuidadosamente o espetro de Fourier, as nanoestruturas quase-aleatórias podem obter esse controle de forma muito eficiente,” disse Emiliano.
Esse controle sobre o fluxo de fótons é crucial em muitas áreas tecnológicas.
Por isso, os pesquisadores afirmam esperar que sua nova técnica possa ser aplicada não apenas na fabricação das células solares de filmes finos, mas também em outras tecnologias na área de fotônica, como nos LEDs e nos raios laser.
Fonte:Inovação Tecnológica