Brasil: top 10 em atratividade para renováveis
País subiu duas posições, impulsionado pelo crescente interesse em energia solar
O Brasil subiu duas posições e ocupa o 10º lugar no índice de atratividade de investimento em energia renovável elaborado pela EY (nova marca da Ernst & Young). O Renewable Energy Country Attractiveness Index, ranking trimestral da EY que analisa o mercado de fontes limpas em 40 países, mostra que leilões previstos para este ano fizeram com que o País subisse ao top 10 pela primeira vez.
A expectativa, segundo análise da EY, é que a energia eólica lidere novamente os investimentos no Brasil, mas o interesse por energia solar está crescendo rapidamente com as novas previsões de capacidade de geração.
Mário Lima, diretor executivo de consultoria em sustentabilidade da EY, afirma que a existência de normas para os leilões de energias renováveis são pontos importantes para atrair mais investimentos no País. “Investidores gostam de regras claras”, destaca.
Segundo ele, um grande obstáculo hoje para o desenvolvimento da geração de energia solar é a exigência de elevado conteúdo local para a concessão de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) — hoje, 60% dos equipamentos devem ser fabricados no Brasil. “A redução atrairia fabricantes para o mercado. Além disso, a China faz hoje fortes investimentos no setor, o que resulta em queda nos custos dos equipamentos”, afirma. Lima ressalta que a instalação de parques solares é relativamente rápida.
No ranking da EY, o Brasil ocupa o 7º lugar na atração de investimentos para parques eólicos construídos em terra. Além disso, está na 10ª colocação em aportes em usinas termossolares e 15ª em usinas solares fotovoltaicas.
Estados Unidos, China, Alemanha e Japão seguem como os quatro primeiros colocados no índice de atratividade; o Canadá subiu uma posição em relação ao último índice, de 6º para 5º colocado, trocando de posição com o Reino Unido.
Além do Brasil, Chile e África do Sul também são destaques no ranking da EY. O Chile subiu para a 13ª posição, impulsionado pelo fluxo constante de aprovação de projetos e uma proposta de imposto sobre as emissões de carbono. A África do Sul vai aumentar uma pipeline de projetos já em expansão, com as projeções em torno 2.5GW de nova capacidade eólica e até 9GW de energia solar, elevando-o para 17 º lugar. Além disso, a Nigéria é classificada como o novo mercado a ser observado.
Fonte: Jornal da Energia