A cozinha é campo de batalha da campanha energética de Obama
Barack Obama: entre as leis mais efetivas criadas por ele para economizar energia, uma faz com que a geladeira de uma casa gaste menos energia do que uma lâmpada de 50 watts
E, entre as mais efetivas, uma dessas normas faz com que a geladeira de uma casa gaste menos energia do que uma lâmpada de 50 watts.
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Uma norma finalizada no mês passado reduzirá a energia utilizada por aparelhos comerciais de teto de ar-condicionado e caldeiras, uma iniciativa que, segundo projeções do governo americano, economizará 1,7 trilhão quilowatts-hora de eletricidade ao longo de 30 anos, mais que qualquer outra alteração das normas desde que as leis de eficiência foram promulgadas em 1975. Os defensores dizem que essas mudanças reduzirão as contas de luz. Os oponentes advertem que o custo dos eletrodomésticos aumentará, porque os fabricantes investirão dezenas de milhões para recriar esses produtos.
Passar dos limites
Republicanos no Congresso contestaram vários dos planos para economizar energia defendidos por Obama. Mike Pompeo, um republicano do Kansas, disse que o prêmio que os consumidores pagam por muitos dos produtos remodelados no intuito de cumprir os padrões mais elevados é maior do que a economia de energia. Ele defende leis que suspendem a vigência das normas por 18 meses.
Poucos aparelhos que consomem energia escaparam das mudanças nas normas. Elas cobrem de tudo, desde lavadoras e secadoras de roupas às máquinas automáticas de venda, passando pelos ventiladores de teto com lâmpada. O presidente prometeu analisar mais 17 normas, que poderiam ser submetidas à revisão, antes do fim do mandato.
O Departamento de Energia estimou que as reduções vão gerar uma economia de mais de US$ 520 bilhões na conta de luz dos consumidores até 2030.
Liderança
A campanha de Obama em prol da eficiência é parte de seu posicionamento como líder mundial na iniciativa para reduzir os gases do efeito estufa, e o presidente reafirmou a promessa de diminuir as emissões de carbono por meio da eficiência energética em um pacto com a China em setembro.
Em 2016, as reduções de energia poderiam chegar a cerca de 130 quilowatts-hora e gerar uma economia de aproximadamente US$ 14 bilhões para os consumidores, de acordo com deLaski, da Appliance Standards Awareness Project.
“Quando é possível levar adiante uma política que ao mesmo tempo faz com que as pessoas economizem dinheiro, fomenta a inovação, economiza um monte de energia e rende reduções das emissões ambientais, não há o que discutir”, disse ele.
Fonte: EXAME