Estudantes Brasileiros conquistam prêmio Mundial de Engenharia
No ano de 2017, um grupo de 12 alunos da escola particular St. Paul ‘s, em São Paulo, tiveram a oportunidade de participarem de um campeonato automotivo no exterior, mostrando todo o potencial do Brasil em relação à tecnologia e inovação. Liderada pelos estudantes do ensino médio Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, de 18 anos, e Freddy Rabbat Neto, de 17, a equipe foi inscrita, em maio de 2017, na competição de origem inglesa Greenpower, que engaja alunos em uma corrida de carros elétricos.
Os jovens enfrentaram, durante 5 meses, o grande desafio de desenvolver um carro para competir contra 134 equipes na Inglaterra. O resultado do comprometimento veio por meio da primeira colocação para o país no quesito projeto de engenharia. “Foi um resultado muito importante para nós, pois competimos com escolas europeias e americanas que já tinham mais de dez anos de experiência no desenvolvimento desses veículos”, diz Carlos Alberto.
Ainda pouco conhecido no Brasil, o projeto Greenpower existe desde 1999 na Inglaterra. Com o passar dos anos, começou a envolver eliminatórias em escolas e universidades de outros países, como Estados Unidos, Portugal e Polônia. A ambição de instituições de ensino brasileiras de participar do projeto nasceu há cerca de três anos, porém, todas esbarravam na falta de recursos. No ano em que ocorreu a competição, no entanto, o grupo encabeçado pela dupla Carlos Alberto e Freddy Rabbat Neto arregaçou as mangas para dar vida ao projeto. Chamado de Lion Racing BR, o grupo competiu na categoria F24 + (estudantes de de 16 a 25 anos), a mais disputada.
Na competição, a organização fornece o motor elétrico e a bateria. Cabia aos alunos, então, desenvolver e testar o carro no Brasil em poucos meses e angariar recursos para participar do programa em Outubro de 2017, na Inglaterra. Com o apoio da escola, a equipe, então, se organizou e dividiu as funções para conseguir parceiros. Para as ideias de engenharia, o time contou com o apoio dos especialistas da CAOA Montadora, com Marcio Alfonso, engenheiro-chefe, e Wellington Ortiz Jr., engenheiro consultor, além da Edag, empresa alemã especializada em soluções de mobilidade, com filial no ABC Paulista. Já os testes do carro e as adaptações finais foram feitos no campo de provas da montadora CAOA (produz utilitários e SUVs da Hyundai), em Anápolis, Goiás. A logística para a Europa ficou por conta da parceria com a DHL.
Como prova de que uma gestão eficiente traz resultados, o grupo concluiu a corrida em 22º lugar, além de chegar na primeira colocação da categoria de projeto de engenharia. “Foi um resultado excepcional pelo pouco tempo para desenvolver e testar a estrutura tubular e a carenagem que envolve o carro”, conta Ortiz. “Conhecendo o circuito, poderemos ter um resultado melhor em 2018.”
Fonte: https://veja.abril.com.br