Como Funciona: Projetor

1. A história do projetor multimídia:

 

Lanterna mágica

 

É o antepassado mais antigo do projetor multimídia que conhecemos hoje. Não há informações muito precisas, mas, sabe-se que quem lhe deu esse nome lúdico foi o dinamarquês Thomas Walfgenstein, contudo, o primeiro a descrevê-lo foi o jesuíta Athanasius Kircher, no século XVII.

 

As imagens eram pintadas sobre uma placa de vidro, em seguida, colocadas dentro da lanterna e ampliadas para serem projetadas em uma tela. As imagens não possuíam nenhum tipo de movimento, eram apresentadas paradas.  Basicamente, uma câmara escura ao contrário.  O instrumento se transformou rapidamente em ferramenta de entretenimento e comunicação, inclusive, foi usada em ambientes acadêmicos como em Sorbonne.

 Lanterna vertical

 

Muito posteriormente, em 1853, Edmond Becquerel desenvolveu uma lanterna vertical. Funcionava com lentes, espelhos e velas, mas a novidade era a inserção de uma lente horizontal, que recebia a imagem e em seguida obtinha a devida iluminação. A imagem era então transmitida para outra lente, localizada na parte superior e alcançava um espelho, esse refletia a imagem ampliada na parede.

Ela é muito semelhante ao que hoje conhecemos como Retroprojetor, com a única diferença, de que no lugar da vela utiliza-se uma lâmpada para iluminação e a lente sobre a qual são colocados os slides é chamada Lente de Fresnel, maior do que as utilizadas na Lanterna Vertical.

 

Cinematógrafo

 

Não muito depois, em 1895, os irmãos de origem francesa, Auguste e Louis Lumière criaram o Cinematógrafo. Com esse novo equipamento era possível transmitir imagens com movimento a partir da movimentação do filme em frete às lentes.  Foi o pontapé inicial para a indústria cinematográfica. O primeiro cinematógrafo funcionava com a ajuda de uma manivela e era capaz de captar imagens, revelar o filme e projetá-lo.

O equipamento não pesava mais que 5kg e dispensava eletricidade, por isso era muito eficiente. Era apoiado em tripé, para maior estabilidade durante a filmagem e o cinegrafista precisava ficar olhando diretamente pela janelinha do aparelho pouco antes da gravação a fim de ajustar o enquadramento.

Para a projeção, o cinematógrafo era aberto e passava por uma readaptação descomplicada: O filme revelado era devolvido à caixinha superior. A lente de pouca abertura usada para a gravação era trocada por uma maior, que ampliava as imagens. Uma fonte de luz, posicionada atrás da máquina aberta, enviava as imagens para a tela branca. Depois, era só rodar a mesma manivela no mesmo ritmo do registro.

 

Projetor de slides

Esse é um dos sistemas mais antigos em termos de projeção de imagens. Trata-se um aparelho óptico-mecânico que projeta fotos emolduradas, conhecidas também como slides. Ele utiliza uma fonte de luz que atravessa o slide e um conjunto de lentes, ampliando sua imagem e refletindo-a na parede ou tela. O modelo mais clássico era o Carousel da Kodak.

qualidade, nitidez e fidelidade aos originais.

Na década de 50 e 60, o projetor de slides era muito usado em reunião de família para uma seção de apresentação de fotografias. Atualmente hoje eles são preferíveis para mostrar obras de arte, por causa de sua

 

 

Projetor de LCD

 

projetor multimídia mais comum atualmente é o LCD. Seus modelos são diferenciados a partir de versões com brilho entre 481000 e 20000 lúmens. Os que possuem menos lúmens são pequenos e leves. Já os maiores, são grandes e potentes, e podem pesar mais que 100 Kg.

Sua iluminação interna é feita por lâmpadas de descarga de alta intensidade, seja de LED, tecnologia mais recente com durabilidade de mais de 20.000 horas e lâmpada de bulbo, com vida útil menor, a partir de 2.000 horas. Esse tipo de projetor multimídia separa a luz branca da lâmpada em vermelho, verde e azul e enviam essa luz através do painel LCD, que “abre” ou “fecha” determinados pixels, gerando as outras cores e projetando a imagem no anteparo.

Projetor DLP

 

A tecnologia DLP (sigla, em inglês, para “Digital Light Processing”, ou processamento digital da luz) utiliza um chip com espelhos microscópicos para refletir a luz da lâmpada, gerando uma imagem monocromática, e um disco de cores para colorir a imagem. Aqui há novamente a separação das cores presentes na luz branca, porém, desta vez não será o LCD que fará este processo, e sim uma roda de cores.

Não há uma imagem sendo projetada continuamente, e sim imagens monocromáticas que vão mudando a uma velocidade em que os olhos não conseguem perceber, conforme o disco de cores e a imagem projetada vai girando, o que forma a imagem colorida.

E este é um panorama geral sobre a história do projetor multimídia. Para quem é entusiasta da área, é importante conhecer cada um desses tipos de aparelho e saber como o funcionamento de cada um deles “moldou” sua época e permitiu que o uso profissional e de entretenimento fosse melhorado. Já para os entusiastas, é legal saber como o produto mudou ao longo do tempo e chegou ao resultado atual.

3.Como Funciona?

 

Um projetor de vídeo processa um sinal de vídeo e projeta a imagem correspondente em uma tela da projeção usando um sistema de lentes. Todos os tipos de projetores de vídeo utilizam uma luz muito brilhante para projetar a imagem, e os mais modernos podem corrigir inconsistências como curvas, borrões e outras através de ajustes manuais. Ele é basicamente constituído de lentes esféricas do tipo convergente objetiva, uma fonte de luz muito intensa e um espelho côncavo cujo centro de curvatura coincide com a posição ocupada pela fonte de luz, a fim de se ter melhor aproveitamento da luz emitida pela fonte.

A luminosidade diminui à medida que o projetor fica mais longe da área de exibição. Se o contrário for feito, a imagem fica com mais brilho. Por essa razão, os projetores geralmente indicam em seus manuais as distâncias máximas e mínimas em que devem ser utilizados.

Uma das grandes preocupações era verificar qual o tipo de entrada para conectar o projetor ao computador, pois os equipamentos possuíam entradas de sinal bastante específicas. Contudo, hoje, a maioria dos projetores possuem as principais entradas de sinal utilizadas atualmente, além da possibilidade de rodar diferentes tipos de arquivos diretamente no equipamento, via USB ou cartão de memória.

4.Modelos

ET Mini

O projetor ET Mini é compatível com a tecnologia de projeção DLP (Processamento Digital de Luz, da sigla em inglês), que exibe imagens suaves e melhor geometria do que aparelhos rivais. O dispositivo pode projetar uma tela de até 120 polegadas a partir de celulares Android e iPhone (iOS). O smartphone é conectado via Bluetooth ou Wi-Fi, espelhando em uma área grande qualquer app ou jogo instalado.

Keruo L7

Outro projetor de dimensões compactas, o Keruo L7 foi lançado em abril de 2017 com foco em usuários que viajam com frequência e precisam fazer apresentações em qualquer lugar. O aparelho mede apenas 12 cm de altura e 6,5 cm de largura e pesa 388 gramas. Ainda assim, o gadget é capaz de projetar imagens de até 180 polegadas em qualquer superfície a uma distância mínima de 20 cm. O dispositivo roda Android e permite guardar vídeos e fotos em uma memória de 8 GB.

 

 

StarSailor

O StarSailor é um dos poucos projetores do mercado que não é voltado para o consumo de multimídia. O aparelho surgiu no Indiegogo em abril como uma peça de decoração, capaz de exibir um céu estrelado artificial no teto do quarto. Ele acessa mapas de várias partes do mundo e permite que o usuário acompanhe, em tempo real, a posição dos astros e estrelas. O controle é feito via aplicativo para celular. Além disso, o programa mostra dados e ajuda a analisar a qualidade do sono ao detectar ruídos e identificar se uma pessoa sofre de apneia do sono.

 

iBeamBLOCK

O iBeamBLOCK foi um dos projetores que chamou a atenção em 2017 por conta da multifuncionalidade. Além de projetar imagens em qualquer superfície, o aparelho tem suporte a módulos que permitem expandir recursos. Um dos acessórios é um tablet Android que torna o projetor independente de outro aparelho para exibir filmes e séries em 120 polegadas, com resolução HD. Há ainda um módulo de bateria de 12.000 mAh que faz o conjunto operar por duas horas longe da tomada e ainda permite recarregar o celular.

 

 

Cinemood

O Cinemood é um projetor avançado feito para o entretenimento de toda a família. Com um corpo compacto que pesa 250 g e cabe na palma da mão, ele pode projetar uma imagem de 150 polegadas em Full HD. O aparelho roda Android e tem um sistema de controle parental para evitar o contato de crianças com conteúdo impróprio. O projetor tem Wi-Fi, armazenamento de 32 GB, entrada USB e bateria de 3 horas de duração.

 

Flicks

Outro lançamento com diversas funções em um só aparelho, o Flickschegou ao Indiegogo em junho unindo projetor, caixa de som Bluetooth e powerbank para recarregar o celular. Por meio de entrada HDMI, ele permite conectar dispositivos como o Chromecast para transmitir imagem em uma tela grande com qualidade HD. São dois modelos com tamanhos diferentes de bateria: um que dura 4 horas de streaming de vídeos e 28 horas de reprodução de música e outro com o dobro da autonomia.

Epson Home Cinema LS100

O único lançamento de uma fabricante conhecida foi o Home Cinema LS100, da Epson. Como o nome indica, o produto é voltado para quem quer aproveitar a maior tela possível em casa na hora de assistir a filmes. As especificações são avançadas, com projeção de imagens de 120 polegadas com resolução Full HD a apenas 6 cm da parede. Sua conectividade é versátil, pois oferece portas HDMI, VGA, LAN e USB.

 

Nebula Capsule

Lançado em outubro em um financiamento no Indiegogo, o Nebula Capsule é um projetor com Android 7 e capacidade de instalar aplicativos e jogos. Sua exibição de imagem usa a tecnologias DLP. Além disso, o aparelho pode funcionar como uma caixa de som Bluetooth que reproduz som em 360 graus. A bateria, segundo o fabricante, dura até 40 horas. Ele ainda conta com conexões HDMI, Wi-Fi e USB para conectar notebook, celular, tablet e até console de videogame.

 

 

XGIMI CC Aurora

Outro destaque do Indiegogo, o XGIMI CC Aurora surgiu em dezembro de 2017 com uma configuração poderosa, apesar do tamanho reduzido. O modelo exibe imagem de até 180 polegadas em resolução HD, vem com caixa de som JBL embutida e é compatível com Airplay, DLNA e Miracast para envio de conteúdo do computador ou do celular sem ajuda de fios. O aparelho vem com processador dual-core, memória RAM de 1 GB, armazenamento interno de 16 GB e bateria de 20.000 mAh. Além disso, o produto tem sistema de autofoco que ajusta a imagem rapidamente na superfície.

Lazertouch

O projetor funciona exatamente da forma que promete: transformando paredes e mesas em superfícies com capacidade de interação como uma tela sensível ao toque tradicional. Para detectar os toques, o Lazertouch utiliza um laser que fica paralelo a superfície e captura o movimento dos dedos dos usuários. O produto é compacto e portátil, além de contar com bateria de 13.600 mAh. Outra vantagem é que ele vem equipado com o sistema Android, já otimizado para uso com telas touchscreen. A empresa responsável pelo projeto do gadget é a Shanghai Easi. A tecnologia de projeção demorou cinco anos para ser desenvolvida e teve de esperar o registro de sete patentes antes de poder ser implementada no projetor portátil. O produto também suporta conteúdo em 4K.

 

5.Curiosidades

Filmes e projetores antigos:

Ao contrário do que muita gente acredita, os filmes Normal 8 mm não são inferiores aos Super 8mm, apesar da área menor do fotograma. Eles são de muito boa qualidade. Quando o Super 8 ficou popular, apareceram muitos tipos baratos, até com revelação inclusa no preço, mas com péssima qualidade. Quando recebemos para telecinar normal 8mm, normalmente chegam em boas condições de imagem e cores. Poucas marcas de Super 8mm tem boas condições, principalmente de cores.

O Kodachrome II é o que melhor conservou as cores originais.

Outra coisa interessante é que já haviam filmes normal 8mm em côres já nos anos 40. E quando o Super 8mm foi lançado, no final dos anos 60, só existiam filmes coloridos. O filme Super 8 branco e prêto só foi lançado muito depois e era muito mais caro

Existiam filmes normais 8mm sonoros?

Existiam raríssimos projetores sonoros para normal 8mm e poucos filmes sonoros foram lançados. Para a grande maioria de projetores mudos, junto com o filme que também era mudo, vinha um disco de 10 ou 12 polegadas de 78 rpm com o som (vide figura à esquerda). O filme deveria ser rodado em 16 quadros por segundo e o disco deveria começar em um momento específico. Desta maneira também foram feitos os primeiros filmes sonoros para cinema. Controlar a verdadeira rotação do disco e a velocidade real do projetor, não eram tarefas fáceis em uma época que a voltagem da energia elétrica não era estável.

Outra curiosidade é que os projetores super 8 mm foram lançados com lâmpadas de 50 watts, e depois 100 e atingiram o seu ápice com lâmpadas de 300 watts. Mas alguns projetores normais 8mm tinham lâmpadas de 500 watts. Eram um verdadeiro cinema.

 

Mesmo os filmes 16mm feitos durante a Segunda Guerra Mundial, até os anos 80, quando passavam na TV pareceriam antigos pastelões do cinema mudo. Isto acontecia porque muitos deles eram feitos a 16 qps, e os telecines da TV estavam preparara dos apenas para rodar 24 qps. Somente na era da informática todas estas imperfeições foram corrigidas.

 

Cinemood

A tecnologia não para de ser aprimorada. De uma ideia simples e singela é que nascem os grandes e audaciosos projetos. E isso é o propõe o Cinemood: eles têm uma excelente ideia.

As projeções do aparelho podem atingir até 150 polegadas de resolução Full HD.  Os criadores do projeto também afirmam que os pais vão ter total controle sobre o material acessado pelas crianças. E mais, eles prometem que a ação de contar histórias antes de dormir, nunca mais será a mesma. Já imaginou as páginas do livro projetadas na parede? A interação da criança com a história será muito mais mágica.

 

Projetor que exibe imagens em superfícies que não sejam planas

Normalmente, projetores têm dificuldade em exibir imagens em superfícies que não sejam planas – a não ser que seja uma parede completamente lisa, a imagem pode ficar distorcida em certas partes. No caso do SXRD241A, isso não ocorre, e mesmo quando existe alguma curva no caminho da imagem, ele consegue exibir vídeos em ótima qualidade.

A história da BIOGRAPH

Em 1896 o projetor Biograph foi lançado, com uma imagem superior à Vitascope de Edison, e logo se tornou a líder na indústria cinematográfica, com distribuição de produção para todo o mundo. Em 1899 o nome foi mudado para American Mutoscope e Biograph Company,e em 1909 tornou-se simplesmente Biograph. Antes de 1903, o estúdio produzia filmes de no máximo 2 minutos.  A narrativa era geralmente comédia e não tinha edição. Estimulados pela concorrência, começaram a colocar narrativas. Com histórias mais complexas e longas. Em 1908 a narrativa cinematográfica já dominava totalmente o estúdio.

Inicialmente a Biograph ficava em um estúdio na Broadway, localizado no último andar. Posteriormente, em 1903 mudou-se para uma mansão triplex na 11 East 14th street, a oeste da Union Squarte em Manhattan. Esse foi o primeiro estúdio a contar exclusivamente com luz artificial. A Biograph mudou-se novamente para a 175th Street no Bronx. Em 1911 abriram um estúdio no centro de Los angeles.

D.W. Griffith se juntou à companhia em 1908 como escritor e ator, e em poucos meses se tornou seu diretor principal depois que Warren McChutcheon, principal diretor do estúdio, detentor do título, ficou doente. Griffith ajudou a estabelecer muitas convenções da narrativa, mostrando flashbacks, fade-in/fade-out, closeups dentro de uma cena, dentre outras. Apesar de não ter inventado essas técnicas, o diretor tornou-as parte essencial da narrativa.

 

 

Fonte: