Armadilhas Elétricas Para Mosquitos
Com o verão passando de vento em polpa, não só o ânimo das pessoas se renova, mas também o dos animais e o dos insetos. Os sapos, por exemplo, coaxam e as cigarras cantam. Até parece que a Terra se anima, os dias ficam mais longos, ensolarados e, no caso do Brasil, as chuvas se tornam algo comum no cotidiano.
Os que mais aproveitam esse tempo de verão são as plantas em nossas florestas e, infelizmente, certos tipos de insetos que são detestados em todas as casas brasileiras, os mosquitos. Tudo porque a maioria dos espécimes se multiplicam em locais com acúmulo de água parada. Enquanto isso, outros insetos, como as abelhas, as borboletas e as joaninhas são mais do que bem-vindos dentro dos lares.
Dessa forma, levando a discussão para a prática, existem diversas doenças que eles podem transmitir, alergias que podem causar. Sem falar do fato de suas perturbações no meio da noite quando seus zunidos atrapalham o sono das pessoas.
Instigados a se verem livres dos mosquitos, diversos designers e inventores vieram com propostas diferentes para realizar tal feito e, algumas delas, contam com a ajuda da eletricidade.
Digna de menção, a invenção da raquete elétrica é atribuída ao tailandês Tsao-i Shih, que teve a ideia em 1995 e patenteou a invenção. Contudo, em 2015, quando a patente finalmente expirou, foi quando sua ideia realmente se espalhou pelo mundo.
Ainda que não tão eficiente quanto um pesticida, ela elimina a necessidade de se entrar em contato com esses tipos de substâncias químicas inaláveis, perigosas.
Raquete Elétrica comum
Mas afinal, qual é seu princípio de funcionamento?
Bem, geralmente a raquete conta com a presença de 3 telas metálicas condutoras, conectadas em um circuito alimentado por pilhas ou baterias. Para ligá-la, normalmente, é preciso pressionar um botão que ativa um outro circuito que amplificará o valor da tensão sob a qual as telas estão submetidas. Assim, quando um um inseto, ou qualquer animal, acerta uma das telas, é criado um caminho que permitirá a circulação de corrente elétrica através de seu corpo. Para um mosquito, a descarga é suficientemente forte para ‘fritá-lo’ graças ao Efeito Joule. Surpreendentemente, a diferença de tensão das telas da raquete, graças ao amplificador, pode chegar até a casas dos 2000 Volts. Contudo, a corrente é praticamente inofensiva para os humanos, pois fica em torno de 0,003 Ampères.
Outra técnica interessante para se livrar desses insetos é através da utilização de luz ultravioleta para atraí-los até uma armadilha mortal, a qual pode ser composta por uma tela condutora, tal qual a raquete elétrica.
Qual o papel da luz UV nas armadilhas de insetos?
Definitivamente esse tipo de iluminação é um atrativo para os mosquitos, contudo os cientistas ainda não sabem explicar firmemente o motivo. Especula-se que os insetos voadores utilizam a luz do sol para se orientar durante o dia e a luz do luar durante a noite. Contudo, os hábitos de cada espécie varia e isso afeta a efetividade da armadilha com luz UV. Um exemplo é o fato das fêmeas de pernilongos procurarem locais escuros e úmidos para colocar os ovos, ou seja, ela evita a luz, sendo atraída pelo calor e cheiro de sangue.
Essa notícia pode ser um tanto quanto devastadora, não é mesmo? Pois bem, saiba que após a eclosão dos ovos, um mosquito genérico, nesse exemplo o Aedes aegypti, passa pela fase de larva e de pupa até se tornar um jovem adulto. Logo, é nessa fase que a luz UV exerce um grande poder de atração. Ou seja, a armadilha captura quase todos os mosquitos nessa fase de vida. Infelizmente, não apenas os que fazem mal aos humanos.
Outro ponto negativo é que, de acordo com um estudo na área de Microbiologia realizado na Universidade do Kansas, ao eletrocutar um inseto, suas vísceras são vaporizadas e facilmente inaladas. Ou seja, caso contaminadas por algum agente infeccioso, essa técnica poderia contribuir para a disseminação de doenças. Assim sendo, eletrocutar os mosquitos talvez não seja a melhor opção.
Com isso em mente, é possível partir para a análise da próxima armadilha, a qual foca na captura.
A armadilha de inseto de luz UV que prende mosquitos:
Esse equipamento atrai os mosquitos da mesma maneira que o anterior, contudo, ao invés de eletrocutá-los, um sistema composto por uma ventoinha elétrica suga os insetos para dentro de um compartimento. Uma vez presos ali, fica praticamente impossível voar contra a corrente de ar e escapar através de uma peneira feita de forma a permitir somente a entrada. Assim, os mosquitos ficam presos e acabam morrendo de fome.
Outro fator que vale ser mencionado é a questão das abelhas, insetos muitos importantes para a polinização e que estão em perigo, não são atraídas por essas armadilhas.
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