A evolução dos efeitos especiais no cinema

A evolução dos efeitos especiais no cinema

É nítida a evolução dos efeitos especiais no cinema, o que pode ser visualizado principalmente em obras de ficção científica. No século XXI, a tecnologia no cinema mostra-se indispensável na criação de cenas ou elementos que não podem ser gravadas diretamente.

Na matéria “A história dos efeitos especiais no cinema”, aborda-se como essas tecnologias evoluíram ao longo das décadas. No presente texto, por outro lado, o intuito é versar acerca do desenvolvimento das mesmas em tempos mais recentes.

A importância do CGI na produção cinematográfica

CGI é uma sigla que vem do termo em inglês Computer Graphic Imagery, ou seja, imagens criadas com computação gráfica. Em resumo, são imagens em 2D ou 3D que proporcionam a criação de uma realidade inventada e estão muito presentes no cinema e na TV.

A criação de personagens pode ser realizada de duas formas: a primeira delas é a “figura virtual”, onde são criadas imagens de forma totalmente virtual, à exemplo de “Jurassic park” (1993); a segunda é a chamada “captura de movimento”, em que a imagem de uma pessoa é modificada a fim de dar vida a um personagem, como em “Avatar” (2009) ou  “Alita: anjo de combate” (2019). 

Além disso, é possível criar cenários e paisagens por meio da conhecida “tela verde”, de modo que a imagem de fundo no pós-processamento é substituída ou acrescentada por outra desejada. A adição de elementos também é possibilitada pelo uso da técnica, como aviões por exemplo.

Nesse sentido, a evolução da tecnologia permite os profissionais da área a criarem efeitos especiais cada vez mais realistas, com movimentos fluidos, profundidade de campo e texturas detalhadas. Esse conjunto de elementos possibilitam ao espectador uma sensação de realidade em cenas muitas vezes criadas quase que inteiramente por CGI.

Em “Guardiões da Galáxia” (2014), o personagem Rocket é feito por computação gráfica, através da atuação de Bradley Cooper.

Técnicas de efeitos especiais no cinema

Como mencionado anteriormente, o CGI é amplamente utilizado na produção de obras cinematográficas. O seu princípio de funcionamento se baseia no uso de softwares para criar modelos e cenas realistas, tal qual o AutoCAD. O CAD é uma das ferramentas mais importantes da computação gráfica, sendo capaz de gerar modelos bi ou tridimensionais extremamente complexos, a partir de elementos físicos ou não.

Por outro lado, esta não é a única forma de utilizar-se de efeitos especiais no cinema. À exemplo de “Oppenheimer” (2023), que não apresenta imagens geradas por computação gráfica em seu decorrer, o que deixou os espectadores curiosos sobre como foram filmadas as cenas de explosão.

Pode-se afirmar que todos os elementos presentes no filme foram filmados de verdade. Assim, a cena da explosão da bomba atômica foi criada com uma combinação de truques de imagens e experimentos realizados manualmente.

A simulação envolveu a detonação de explosivos comuns com o uso de combustíveis que ampliaram o efeito dela. Isso foi somado a técnicas de filmagem feitas com diferentes modos de exposição e cor negativa, além da remoção de elementos que não seriam adequados ao contexto histórico do filme.

Anna Musse