Viagens ao espaço podem acelerar mal de Alzheimer

 

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Washington –  Um estudo americano divulgado nessa segunda-feira indicou que as longas viagens ao espaço podem expor os astronautas a níveis de radiação cósmica prejudiciais ao cérebro e acelerar o mal de Alzheimer.

Financiado pela Nasa, o estudo exigiu submeter ratos a variadas doses de radiação, incluindo níveis comparáveis aos que os astronautas experimentariam durante uma missão a Marte.

Os resultados mostraram que os ratos expostos à radiação foram muito mais propensos a não conseguir lembrar objetos ou lugares, o que sugere uma deterioração neurológica precoce.  Os cérebros desses ratos mostraram sinais de alterações vasculares e uma maior acumulação da beta-amilóide, a proteína “placa” que se acumula no cérebro e que é uma das características da doença.Segundo o professor da Universidade de Rochester e principal autor do estudo, Michael O’ Banion, a radiação cósmica galáctica representa uma ameaça importante para os futuros astronautas e essa pesquisa demonstra pela primeira vez que a exposição a níveis de radiação equivalentes a uma missão a Marte pode produzir problemas cognitivos e acelerar as mudanças no cérebro que estão associadas à doença de Alzheimer.

Nos últimos 25 anos, a Nasa financiou pesquisas para determinar os riscos potenciais das viagens espaciais para a saúde humana, com o objetivo de desenvolver contra-medidas e determinar se estes riscos podem colocar em perigo as missões tripuladas prolongadas ao espaço profundo. Muitas dessas pesquisas demonstraram o potencial de desenvolver câncer, doenças cardiovasculares e transtornos musculoesqueléticos através do impacto da radiação cósmica galáctica.

O diferencial  do estudo da Universidade de Rochester foi a análise do potencial impacto da radiação espacial na neurodegeneração e, em particular, nos processos biológicos no cérebro que contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Esse estudo, publicado na revista científica PLoS ONE, é importante já que a Nasa planeja missões tripuladas a um asteroide longínquo em 2021 e a Marte em 2035.

 

 

FONTE: Infologopet

1008jia2001