Navio vai combater acidente ecológico no Golfo do México

Lá se vão dois meses e meio. Nem um batalhão de cientistas e pesquisadores foi capaz de deter o derramamento de óleo no Golfo do México. Ainda resta uma esperança. É um navio batizado de Baleia.

As praias do Golfo do México, normalmente lotadas no feriado de 4 de julho, estavam vazias neste domingo, efeito da poluição causada por mais de dois meses de vazamento de petróleo. Várias localidades cancelaram a queima de fogos com medo de que fagulhas caíssem no mar cheio de óleo, o que poderia causar incêndios.

A 60 quilômetros da costa, a guarda costeira americana está testando um novo recurso para limpar as águas do golfo: um navio descrito como o maior separador de petróleo do mundo.

Construído em Taiwan e batizado com o nome de uma baleia, é um antigo navio-tanque, um petroleiro que foi convertido para separar o petróleo da água do mar após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 20 de abril.

Com 300 metros de comprimento e 30 metros de altura, a gigantesca embarcação está equipada com 12 aberturas laterais por onde entra a água misturada ao óleo. Os dois são separados em tanques e a água é lançada de volta ao mar. O navio tem capacidade para separar 80 milhões de litros de petróleo por dia.

A guarda costeira está testando se a tecnologia é segura e qual será o impacto sobre o meio ambiente. Bob Jindal, o governador o estado mais atingido, Louisiana, reclamou da demora em aprovar o navio separador de petróleo. Segundo ele, cada dia perdido significa mais sofrimento para a população e para o meio ambiente.
Fonte: G1

Tito Vianna