Motor industrial de ímã permanente sem terras raras

O motor elétrico de ímãs permanente é menor e tão eficiente quanto seus equivalentes que usam magnetos de terras raras. Seu segredo está na liga estratificada de ferro amorfo (Fig.2).

A empresa japonesa Hitachi parece preocupada em evitar as guerras minerais. Ou, pelo menos, em evitar os cada vez mais elevados custos dos minerais de terras raras.

A empresa criou o primeiro motor elétrico industrial de ímãs permanentes, sem usar os metais de terras raras, a apresentar uma eficiência comparável com os motores atuais.

Os ímãs mais fortes disponíveis hoje, usados na fabricação de turbinas eólicas e de motores para carros elétricos e outras aplicações industriais de alto desempenho são feitos de disprósio e neodímio, dois membros da família das terras raras.

Devido a uma demanda crescente, e ao fato de que o fornecimento das terras raras está concentrado nas mãos da China, os preços dessas matérias-primas estão em uma curva ascendente há anos.

Ferrita estratificada

A Hitachi agora conseguiu criar um motor de 11 kilowatts usando um ímã à base de uma liga de ferro não-cristalina.

O ferro amorfo é produzido por um processo de solidificação rápida, o que não dá tempo para que seus átomos formem a estrutura cristalina usual.

O ferro amorfo, também conhecido como ferrita, é um material de baixo magnetismo.

Embora a empresa não dê detalhes do processo de fabricação, seus engenheiros afirmaram que o “núcleo do motor é feito de ferrita em uma estrutura estratificada”.

E isso lhe dá características únicas, dependendo dos ajustes precisos de composição e velocidade de resfriamento.

No mercado

Em comparação com os motores da mesma classe, o novo motor com ímã de ferro amorfo é menor, além de atingir uma eficiência de aproximadamente 93%, atendendo ao padrão mais elevado da IEC (International Electrotechnical Commission).

A empresa anunciou que colocará no mercado uma linha dos novos motores sem terras raras em 2014.

Fonte: Inovação Tecnológica

1008jia2001