Ministro garante que não haverá desabastecimento energético

edison-lobaoO ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, voltou a garantir, nesta quarta-feira (09), que não haverá desabastecimento ou racionamento de energia no País por conta do baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras.
A questão sobre o possível desabastecimento energético repercutiu ainda mais com o dado divulgado pelo  Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de que essas reservas caíram e atingiram hoje o menor nível dos últimos 12 anos.
“Não houve desabastecimento, não haverá agora e esperamos que jamais haja desabastecimento de energia nesse País. A reunião que agora fizemos reiterou a tranquilidade de que o País possui estoque de energia firme, segura e em condições de atender à todas as nossas necessidades. Esta redução (de 20%) acontecerá a partir do próximo mês como está prevista. Portanto, estejam seguros de que o País tem hoje um estoque de mais de 100 mil megawatts de energia, sendo que há dez anos tinha pouco mais de 70 mil”, disse o ministro.
O ministro que falou  a jornalistas após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, com representantes do ministério e de órgãos do setor, como a Agência Nacional de Águas (ANA), de Petróleo (ANP), de Energia Elétrica (Aneel), ONS, entre outros, acrescentou ainda que  o governo pretende praticamente dobrar a capacidade elétrica do País nos próximos 15 anos.

Usinas térmicas

Uma “grande interferência” da entrada em operação das usinas térmicas, que têm custo de geração de energia maior do que as hidrelétricas, foi descartada pelo presidente do ONS, Hermes Chipp. Segundo ele, se as térmicas continuarem ligadas ao longo de todo o ano de 2013, o impacto na conta de luz (que reduz o desconto prometido pelo governo) será entre 2% e 3%. Mas ele enfatizou que essa situação não é desejada.Além disso, alegou que não há prazo para o fim da operação das térmicas, o que depende apenas do início da época de chuvas.”A chuva tem que permanecer onde está: na Bacia do Rio Grande, na fronteira entre Minas Gerais e Espírito Santo, e na Bacia do Paranaíba, fronteira entre Minas Gerais e Goiás. Na confluência da Bacia do Paraná chove bem, é antes de Itaipu, e lá é a confluência das bacias principais do Sul e Sudeste. Chuva abaixo da média no Nordeste não preocupa porque com a ampliação das transmissões de energia entre regiões, se não chover onde precisa, podemos transferir energia para o Sul e Nordeste”, disse.

Outro fato era o temor entre os empresários do setor industrial de que essa área ficasse sem abastecimento de gás, já que o combustível poderia ser desviado para as térmicas. O ministro, porém, assegurou que isso não ocorrerá.”Não há a menor possibilidade de desabastecimento da indústria por conta das térmicas a gás que precisaram ser despachadas”, disse. Também foi descartada  queda na produção industrial por conta da ligação das térmicas.

FONTE: TerraPET Elétrica