IA da DeepMind consegue encontrar a saída em labirintos virtuais
O programa de inteligência artificial DeepMind, desenvolvido por uma subsidiária da Alphabet, conseguiu algo nunca antes feito por uma tecnologia do tipo: aplicar conhecimentos de noção espacial e memorização de padrões para conseguir encontrar a saída de um labirinto virtual em menos tempo que humanos. Um artigo feito em parceria com pesquisadores da University College London foi publicado na revista Nature e mostra os resultados da pesquisa.
A grande inovação que permitiu isso foi o fato da IA ter reorganizado sua rede elétrica em padrões hexagonais, imitando a região do cérebro humano responsável por nossa noção de espaço, memória de locais e navegação por ambientes. A partir desse ponto, a DeepMind conseguiu criar uma espécie de mapa dos labirintos, aprendendo a encontrar atalhos que levavam à saída mais próxima.
É um passo importante para o desenvolvimento da DeepMind, que se destaca em meio a outras inteligências artificiais por não ser programada para cumprir um objetivo específico, podendo aplicar o que aprende em uma área a outras completamente diferentes. O neurocientista Caswell Barry, que participou do estudo, disse que a equipe ficou surpresa com o grau de similaridade com o cérebro humano que a IA alcançou nesse teste.
O resultado é ainda mais impressionante porque esse aspecto da estrutura dos nossos cérebros foi descoberto há apenas quatro anos, por uma equipe de cientistas noruegueses que ganhou o prêmio Nobel como reconhecimento pela pesquisa. Nela, eles identificaram as células de rede, um tipo de neurônio que nos permite entender qual é a nossa posição no espaço.
Mas embora a DeepMind tenha potencial para ser utilizada em pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento, sua principal função atualmente está em prover algumas pequenas melhorias em produtos de empresas da Alphabet. A Google disse, durante o anúncio do Android P, que a nova versão do sistema operacional vai utilizar a IA para melhorar o gerenciamento de bateria dos aparelhos.
Fonte: Tecmundo
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