Governo espera licença para Belo Monte em fevereiro

Lobão afirma que MMA garantiu que não haverá atrasos na obra da hidrelétrica

A licença prévia de instalação, que vai permitir a montagem do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, que será construída no rio Xingu, no Pará, deve sair até a primeira quinzena de fevereiro. A estimativa é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que acredita que a licença completa, que autorizará de vez os trabalhos no empreendimento, deve ser concedida uma semana depois da prévia.

“Estávamos receosos de que houvesse um atraso maior e isso implicaria em perder um ano na construção da usina”, explica Lobão. A ideia da Norte Energia, responsável pelo projeto, era ter recebido a licença prévia de instalação em setembro do ano passado. A companhia trabalha com o objetivo de adiantar a geração de energia pela usina para aumentar as receitas.

Segundo Lobão, atualmente existem cerca de 30 pendências de obras de hidrelétricas e linhas de transmissão que aguardam licenciamento ambiental. O ministro, porém, afirma que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu que não haverá mais atrasos que prejudiquem obras no setor elétrico. “Vamos começar a viver um mundo novo no que diz respeito às licenças ambientais”, prevê Lobão.

O chefe do MME lembrou que o consumo de energia no Brasil está crescendo a cada ano e por isso o país precisa cada vez mais investir no setor, com planejamento. Segundo ele, em 20 anos o país terá que dobrar o estoque de energia que tem hoje. No ano passado, o consumo de energia no Brasil cresceu 8,3%, ou seja, acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que está estimado em 7,3%.

De acordo com o ministro, as usinas nucleares são uma opção para aumentar a geração de energia no país. Ele disse que ainda este ano o governo deve decidir sobre a construção de quatro novas usinas: duas no Nordeste e mais duas na Região Sudeste. Também deve ser realizado neste ano pelo menos um leilão para a contratação de energia eólica e possivelmente um exclusivo para energia proveniente de biomassa.

Fonte:Jornal da Energia

1008jia2001