Governo descarta risco de apagão elétrico para próximos 10 anos
Para presidente da EPE, Brasil se encontra em posição privilegiada na geração de energia
O risco de apagão no Brasil já é um problema distante. É dessa forma que o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Elétrica), Maurício Tolmasquim, definiu a situação da geração e da distribuição de energia no país para os próximos dez anos.
Ao participar do lançamento do Plano Decenal de Energia (projeto do governo que traça as perspectivas para o setor em dez anos) para o período entre 2011 e 2020, ele afirmou o Brasil se encontra em uma posição privilegiada, com segurança na oferta de energia e investidores interessados nesse mercado.
– Vivemos uma situação muito diferente do passado.
O atual interesse de investidores por novos empreendimentos elétricos já permite que o país adote um rigor maior no acompanhamento de projetos, disse Tolmasquim.
Ele citou o caso das usinas térmicas do Grupo Bertin, que corre risco de ter sua concessão cassada já que o cronograma de construção das produtoras está atrasado.
– Tem que ter penalidades, porque se você não for exemplar, todo mundo pode achar que pode fazer isso sem nenhum problema. Aí sim, o risco é grande.
Sobre o leilão de energia nova previsto para junho, chamado A menos 3 (A-3), o presidente da EPE acredita que a competição será forte entre as empresas de grande porte. A previsão é de que a energia comprada seja entregada daqui a três anos. Esse tipo de leilão é feito para empresas geradoras e distribuidoras de energia.
– Quando não se tem oferta de energia, tem que ser o mais aberto possível, senão não haveria leilão. Tínhamos que reduzir os critérios e entrou qualquer coisa. Mas, agora, estamos num momento que, para o leiloeiro, é o melhor possível. Podemos ser muito rigorosos e vai ter oferta. E muita.