Google anuncia investimento em projeto eólico bilionário nos Estados Unidos
O Google, gigante da internet, anunciou nesta semana que fará aportes bilionários também no setor de energia renovável. A companhia divulgou que vai entrar como sócia na empresa Trans-Elect, que propõe a construção de uma rede de parques eólicos e linhas de transmissão na costa americana. O projeto prevê a aplicação de US$5 bilhões para instalar as usinas offshore e conectá-las ao sistema elétrico dos Estados Unidos.
“O novo projeto pode permitir a criação de milhares de empregos, melhorar o acesso dos consumidores a fontes limpas de energia e aumentar a confiabilidade da rede elétrica na região do Médio-Atlântico”, prevê o diretor de operações em “negócios verdes” do Google, Rick Needham. Segundo o executivo, o empreendimento, que vem sendo chamado de Conexão Eólica do Atlântico (Atlantic Wind Connection – AWC), conectaria 6.000MW eólicos à rede. Os parques e linhas de transmissão se disporiam ao longo de aproximadamente 650 quilômetros da costa, entre os estados de Nova Jersey e Virgínia.
Google terá uma participação de 37,5% nos investimentos iniciais da Trans-Elect. A empresa ainda terá como sócios o fundo Good Energies, especializado em aportes em energia limpa, e companhia japonesa Marubeni Corporation. Segundo Needham, do Google, os investimentos necessários nas primeiras etapas são pequenos perto dos previstos para todo o projeto, mas representam “um estágio crítico” para o desenvolvimento do empreendimento.
Apesar de aparecerem, junto à China, como líderes em investimentos em energia eólica nos últimos anos, os Estados Unidos ainda não iniciaram o desenvolvimento de parques offshore. Na última semana, o governo assinou o contrato de concessão para o primeiro empreendimento do tipo no país. Segundo o Google, o AWC é um meio de viabilizar mais facilmente as usinas em alto mar, que costumam ter altos custos para a transmissão da energia para a terra.
A criação de uma rede de transmissão entre os parques diminiuiria investimentos, estudos, dificuldades ambientais e riscos em relação ao que seria necessário para conectar cada parque ao sistema de forma individual. A ideia é parecido com a das ICGs, instalações de transmissão compartilhada, que têm sido utilizadas para viabilizar a conexão de usinas a biomassa e parques eólicos ao Sistema Interligado Nacional no Brasil.
Fonte: Jornal da Energia