Cemig estima receita de R$9 milhões com crédito de carbono da UHE Baguari
Empresa anunciou sua entrada na comercialização de créditos de carbono a partir de 2012
A Cemig anunciou nesta quinta-feira (1/9) sua entrada no mercado de créditos de carbono. A empresa recebeuautorização para vender créditos de carbono da hidrelétrica de Baguari (140MW) a partir de 2012. A iniciativa consiste em captar o potencial de redução de emissões da usina, calculada pela Cemig em 65 mil toneladas de CO2 por ano.
Para o diretor de geração e transmissão da Cemig, Luiz Henrique de Castro Carvalho, a iniciativa demonstra o compromisso da empresa com o meio ambiente, além da busca permanente de obtenção de novas receitas.
“Somente com tais créditos, teremos cerca de R$9 milhões de receita nos próximos sete anos. Na usina Baguari, cuja conclusão da obra foi antecipada, aplicamos as práticas de gestão preconizadas pelo PMI (Project Management Institute), de forma pioneira. Isso foi determinante para um acompanhamento preciso, que também contribuiu para a viabilização da nossa entrada no mercado de créditos de carbono”, explica o executivo.
Localizada em Governador Valadares, no Médio Rio Doce, Leste de Minas, a UHE Baguari iniciou sua operação em 2009 e é gerida pelo consórcio constituído pelas empresas Neoenergia (51%), Cemig (34%) e Furnas (15%). Desde 2006, a empresa já estudava a possibilidade de captar créditos de carbono provenientes da planta.
Crédito de Carbono
O chamado “crédito de carbono” são certificados emitidos para pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa (GEE). Uma tonelada de CO2 evitado corresponde a um crédito de carbono. Esse crédito pode ser comercializado no mercado internacional. Empresas que são capazes de reduzir a emissão do CO2 na atmosfera, após passar por uma serie de exigências, podem vender esses créditos no mercado.
Por outro lado, empresas que emitem muito CO2 podem comprar esses créditos. Comprar créditos de carbono no mercado corresponde, aproximadamente, a comprar uma permissão para emitir CO2. O preço negociado dessa permissão deve ser inferior à multa que o emissor deveria pagar ao poder público por emitir CEE.
Na prática, para o emissor de gases efeito estufa, comprar créditos de carbono no mercado significa obter desconto na multa devida. Na outra ponta, incentiva as empresas a vender os créditos, graças à redução das emissões, gerando receita e equilibrando os efeitos ao meio ambiente.
Fonte: Jornal da Energia