Brasileiros criam equipamento que permite realizar exames oculares usando Smartphone
Três pesquisadores brasileiros criaram um aparelho que permite a realização de exames oculares de maneira mais prática do que o convencional, além de mais barato e com o uso de Smartphones. Os três ex-alunos da USP, venceram o Falling Walls Lab São Paulo, etapa classificatória para o evento mundial que acontecerá nos próximos dias 8 e 9 de novembro, em Berlim, reunindo as cem melhores ideias de inovação científica em benefício da humanidade.
A ideia do projeto nasceu há cerca de dois anos. José Augusto, juntamente com o engenheiro eletricista Flavio Vieira e o físico Diego Lencione, ambos formados pela USP, em São Carlos, sempre se interessaram pela área da saúde, tanto que os três desenvolveram suas pesquisas de mestrado aplicadas à retinografia. Além da paixão por esse campo, o trio possui outra motivação: “O irmão do Diego tem um problema no olho desde criança, o que nos incentiva muito nessa missão”, relata José Augusto.
Diego Lencione, explicou que o aparelho consiste em um conjunto ótico e eletrônico que, acoplado a um Smartphone de boa qualidade, permite obter imagens de alta resolução do fundo do olho. Ele garante que a qualidade é tão boa quanto a captura tradicional, feita por meio de equipamentos mais complexos e que estão disponíveis apenas em clínicas especializadas de oftalmologia.
José Augusto Stuchi, disse “Nós redesenhamos todo o projeto óptico e eletrônico e transformamos o retinógrafo em uma miniatura, podendo, assim, ser acoplado a um Smartphone”.
O produto, no entanto, ainda precisa passar por testes clínicos e a expectativa dos pesquisadores é que todas as etapas para a comercialização no mercado ocorra até o primeiro semestre de 2018.
No país, mais de 6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual, porém, 85% dos municípios brasileiros não possuem oftalmologistas. A portabilidade e o baixo custo do sistema podem facilitar a expansão de exames e atender aqueles que não podem se deslocar aos consultórios.
Fonte: EngenhariaÉ