Brasil quer construir um dos mais poderosos aceleradores de elétrons

acelerador-eletrons-sirius-reproducaoO novo acelerador de elétrons do Brasil, batizado de Sirius e orçado em R$ 650 milhões, deve ser o mais poderoso da América Latina e um dos mais avançados do mundo.

O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, abriga, atualmente, um síncroton de segunda geração, chamado de UVX, utilizado por pesquisadores e empresas de todo o continente. Devido às restrições desse acelerador, o LNLS  se encaminhou na direção de um acelerador de terceira geração, que colocará o Brasil em uma posição de maior competitividade científica.

A importância  da luz síncroton  parte do fato de que essa propicia o estudo da matéria em suas mais variadas formas. Segundo o professor doutor Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS,  essa luz ‘penetra’ em materiais orgânicos e inorgânicos, permitindo desvendar seu arranjo atômico e molecular.Além disso, os raios-X do novo síncrono. dezenas de vezes mais energéticos que o Síncrotron atual, permitirão penetrar materiais como o concreto, bem como estudar materiais importantes, como terras raras

O diretor do LNLS acrescentou ainda que o projeto brasileiro almeja ser o síncrotron com a menor emitância e, portanto, o maior brilho dentro da sua classe de energia. “Sirius colocará o Brasil em condições de competir com os melhores aceleradores do mundo”, diz.

O custo total é estimado em R$ 650 milhões, bancados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, outras instituições públicas e parceiros privados. Com a construção prevista para o início de setembro, o primeiro feixe do Sirius está datado para o meio do ano de 2016 e com expectativa de abertura para os usuários, em 2017.

FONTE: Terralogopet