Brasil faz primeiro leilão de energia eólica
O primeiro leilão de energia eólica no Brasil terminou hoje após a negociação para a construção e operação de 71 empreendimentos com uma capacidade somada de 1.805,7 megawatts (MW), informaram fontes oficiais.Os 71 projetos abrigarão um total de 773 aerogeradores que poderão entrar em operação em 1º de julho de 2012 e terão um prazo de concessão de 20 anos.A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), organismo encarregado de realizar o leilão, calculou que, nos primeiros 20 anos, a soma destes parques de geração de energia eólica vão produzir 132.015 gigawatts por hora (GWh), 1,4% a mais do que é gerado em um ano pela usina hidroelétrica de Itaipu. No total, serão investidos R$ 9,4 bilhões na construção das usinas de geração de energia eólica, segundo cálculos do Ministério de Minas e Energia.O preço médio do megawatt ficou em R$ 148,39, valor 21,5% inferior ao teto marcado pelo Ministério, o que representará a negociação de contratos por R$ 19,59 bilhões ao longo dos 20 anos.O preço da energia era o critério de maior importância na concessão dos projetos. O destaque foi a oferta da empresa Coxilha Negra, de R$ 131, com um desconto de 30,69% para as três usinas que ganhou no sul do país.Participaram do leilão 339 projetos que, somados, poderiam gera dez mil megawatts, mas foram descartados todos aqueles que superaram o preço de R$ 189 por megawatt.A grande maioria dos projetos para a geração de energia eólica licitados se concentra na região Nordeste, com destaque para o estado do Rio Grande do Norte, com 23 parques aprovados.Até agora, existem no Brasil 36 usinas geradoras de energia eólica em operação que somam 602 MW. Outros dez projetos que somam 256,4 MW estão em fase de construção e outros 45, com potencial de 2.139,7 MW, já foram licitados.Este leilão pretende reforçar o perfil “verde” da geração elétrica no Brasil, que atualmente depende em 85,4% das fontes renováveis, principalmente de usinas hidroelétricas.Nesta linha, o Governo anunciou na semana passada a isenção permanente dos impostos que taxavam a comercialização de aerogeradores utilizados na produção de energia eólica.
Fonte:UOL