Tecnologias cognitivas: insights para o negócio e preparação para o futuro
Um dos principais desafios para as empresas nos próximos anos será transformar dados em informações úteis. Ainda mais com um volume que só tende a crescer, a exemplo dos dados levantados pela EMC.
Segundo a consultoria, o volume de dados digitais no mundo passou de 166 Exabytes, em 2006, para mais de 20 mil Exabytes em 2017. E em 2020, a alta deve surpreender ainda mais: 40 mil Exabytes, o que significa cerca de 5.000 gigabytes para cada pessoa no mundo.
Para o universo digital, os números são positivos, pois trazem possibilidades de desenvolvimento e amadurecimento de tecnologias, com o Big Data, a IoT e a inteligência artificial. Mas, para aproveitar esse avanço da melhor maneira, as empresas precisam estar preparadas. E não só para receber o crescente volume de dados mas, principalmente, para fazer a melhor gestão deles, de forma a gerar insights para o negócio.
Mas como fazer uma gestão de dados realmente eficiente? A aposta para o presente e o futuro são as tecnologias cognitivas! Elas são capazes de facilitar a tomada de decisões, já que utilizam ferramentas como inteligência artificial, processamento de linguagem natural e visão e interação humanas adaptadas às máquinas. Em um mundo que exige um grande processamento de dados por minuto, saber tomar as decisões corretas, na hora mais apropriada, é fundamental.
Para traduzir o que é uma tecnologia cognitiva, vou citar um exemplo. Imagine que um laboratório médico esteja gastando muito tempo para entregar os resultados dos exames ao clientes, gerando insatisfação quanto ao serviço. Como seria possível usar a tecnologia cognitiva para resolver essa questão? Uma das saídas mais eficientes seria instalar totens de autosserviço com chatbots embarcados que, ao mesmo tempo em que conversam com o cliente para extrair as informações necessárias, também buscam o resultado, imprimem e entregam ao cliente em questão de poucos minutos.
No entanto, engana-se quem pensa que as tecnologias cognitivas estão maduras apenas para o ramo de saúde. Elas se encaixam em qualquer segmento! Podem estar no processamento de orçamentos, pedidos, recebimentos, cobranças e pagamentos; na gestão de ordens de serviço, contratos, devoluções e frotas; no recrutamento e admissão de colaboradores; na administração de folha de pagamentos, benefícios e banco de horas; na execução de backups, monitoramento de equipamentos, gestão de arquivos, downloads e uploads. E esses são apenas alguns exemplos.
Os benefícios são comprovados. Enquanto clientes ganham melhores experiências em produtos e serviços, as empresas tornam seus processos mais ágeis e eficientes com padronização e difusão do conhecimento, otimização de processos, segurança, governança de TI, excelência operacional e ganho de eficiência.
São muitas as vantagens que contam a favor das tecnologias cognitivas. Mas antes de adotá-las em sua empresa, é importante fazer uma análise interna para levantar onde as soluções seriam mais adequadas para gerar melhores resultados. Também é importante observar se as soluções escolhidas estão aptas a entregar o que há de mais atual. Por exemplo, se são replicáveis (para atender um ou mais departamentos), em nuvem (o que facilita o acesso remoto) e de fácil instalação e expansão. Além de trazer benefícios imediatos, isso tudo viabiliza o ajuste a futuras necessidades de adequação.
Com esses cuidados, as tecnologias cognitivas farão com que o volume crescente de dados seja uma oportunidade para que o seu negócio ganhe ainda mais destaque no segmento de atuação.
*Marcos Rodrigues é gerente de Vendas de Serviços Avançados da Ricoh Brasil, empresa global de tecnologia que, há mais de 80 anos, tem transformado a maneira como as pessoas trabalham.
Fonte: CanalTech