Santa Catarina exporta tecnologia de reconhecimento facial para todo o mundo
A visita de alguns parlamentares à China enseja interesse da comitiva em buscar alternativas de solução para os graves problemas da segurança pública aqui no Brasil. A equipe de Governo foi convidada da empresa Huawei a conhecerem como funciona a biometria facial naquele pais. Contudo, a viagem deixa transparecer um certo desconhecimento da tecnologia de reconhecimento facial já existente em nosso país e suas diversas aplicações.
Não é preciso sair do Brasil para ver um rosto ser identificado em meio a uma multidão em questão de dois ou três segundos. Empresas nacionais já prestam esse serviço a diversos segmentos da iniciativa privada como instituições financeiras, locadoras de veículos e estabelecimentos comerciais dos mais diversos.
Pode-se afirmar que aqui no Brasil o reconhecimento de uma face tem sido usado não apenas no combate à fraude e à criminalidade, mas, também, na identificação positiva de uma pessoa.
Diferentemente da China e outros países asiáticos em que as características faciais seguem padrões bem definidos, a diversidade de características das faces dos brasileiros em decorrência da vasta miscigenação de raças observada em nosso país, faz com que o Brasil se torne um desafio para qualquer software de reconhecimento facial do mundo.
Vai ser necessário muito aprendizado de um algoritmo para que a biometria facial desenvolvida para reconhecimento na Ásia opere com assertividade em nosso país.
Por conta dessa dificuldade é que o CredDefense, software da empresa brasileira de tecnologia da informação BGI faz uso simultâneo de softwares desenvolvidos na Alemanha, no Japão e nos Estados Unidos para identificar com elevado grau de assertividade, a face de uma pessoa em meio a milhões de outras faces.
A empresa é reconhecida como a principal “player” do mercado nacional na criação e implantação de soluções ancoradas em biometria facial. Hoje estão sediados em três cidades. São Paulo, Bebedouro (SP) e Florianópolis. É aqui em Santa Catarina que é feito todo o trabalho de pesquisa e inovação, dentro do Centro de Inovação Acat (Associação Catarinense de Tecnologia).
“Chegamos a Santa Catarina no ano passado. Optamos pelo Estado devido à grande quantidade e qualidade da equipe técnica que há na região. Na unidade de Florianópolis nos dedicamos a pesquisa e inovação”, explica Pompeo Scola, integrante do conselho consultivo e mentor no mercado de inovação da empresa.
Ele acrescenta que a tecnologia de biometria facial da empresa surgiu com o foco na segurança em transações bancárias, desbloqueio de cartões de crédito e aprovação de crédito, mas o setor expandiu bastante.
“Hoje podemos utilizar esta tecnologia em um checking de hotel, no controle de entrada e saída de empresas. É uma infinidade de possibilidades tanto para o usuário quando para os desenvolvedores”, finaliza.
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Fonte: ocp.news