O futuro com armazenamento de dados no DNA
Se você é um fã de Star Wars, com certeza vai se lembrar de uma cena, no Episódio IV – A New Hope, quando a princesa Leia manda uma mensagem para o Obi-Wan Kenobi através do R2-D2. Obviamente, por ser um robô, ele consegue guardar a mensagem dentro do seu sistema, mas, e se fosse possível fazermos o mesmo com seres humanos? O que você talvez não saiba é que o armazenamento de dados digitais no DNA já é uma tecnologia viável.
O que é esse armazenamento de dados no DNA?
O armazenamento de dados digitais no DNA nada mais é que uma tecnologia potencial na área de armazenamento de grande capacidade de dados e a uma velocidade de transferência alta.
Em 1964, um físico soviético surgiu com a ideia de que o DNA é uma forma compacta e eficiente de guardar, não somente códigos naturais, como também qualquer informação que quisermos.
Como isso funciona?
Quando vemos um vídeo ou uma foto na internet, conseguimos ver imagens, mas essas imagens não passam de códigos binários.
Nós temos a habilidade de ler e copiar o DNA, e sabemos que o nosso esse é lido em As, Gs, Cs e Ds. Já o nosso computador lê em binários, 0s e 1s, então, o que teria de ser feito é ensinar o nosso DNA a ler 0s e 1s, e nada é mais fácil do que traduzir esse algoritmo para a linguagem do DNA.
Quais são os prós de guardar arquivos no seu DNA?
O DNA pode armazenar muita informação em um espaço muito pequeno, e ele também é durável, ou seja, você nunca vai perder essa informação. Outro pró é que o ser humano já lê o DNA, então tudo o que teríamos de fazer é continuar lendo este, sem contar que existe uma chance muito maior de conseguir recuperar informação de um humano ancião do que de um telefone antigo.
Agora, se você pensa que toda essa informação vai ficar dentro do seu corpo, aí que está o X da questão. Nós somos quem somos por causa do nosso DNA, dessa forma, injetar informação dentro dele poderia modificar algum aspecto humano, sem contar que é muito arriscado. Dessa forma, todo o DNA salvo fica guardado em um vidro e é por isso que essa tecnologia também é conhecida como “o futuro em vidro para armazenamento de dados”.
Mas toda vez que a memória é recuperada ou traduzida, nós perdemos o DNA que estava armazenado naquele vidro. E então?
A solução mais simples seria fazer inúmeras cópias daquele DNA, o que é muito mais barato e fácil do que sintetizar o mesmo.
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Escrito por: Camilla Schettino