Nudes, Fake News e Mark Zuckerberg: O quanto você está seguro nas redes sociais?

Nós vivemos em um mundo que está cada vez mais globalizado e estar conectado à internet já deixou de ser incomum há muito tempo. Seja para o uso empresarial ou pessoal, a web está diretamente ligada à vida de grande parte da população e, crescentemente, tem-se usado a internet para ter acesso a notícias e informações, o que também acaba aumentando a quantidade de informações pessoais que disponibilizamos nas mídias.

Perigo das Redes Sociais

Para falarmos desse assunto precisamos falar sobre alguns  perigos das redes sociais: Invasão de Privacidade, Perda de Controle sobre Conteúdo, Divulgação de Fake News, e a dificuldade de excluir um conteúdo da internet.

Um ato que estamos muito familiarizados divulgado pelas redes sociais são as fake news, que seriam notícias distorcidas, sem comprovações ou até mesmo falsas sobre, majoritariamente, política e celebridades.

Durante a pandemia do coronavírus estão sendo divulgadas inúmeras fake news relacionadas à doença, dentre elas a ineficácia do isolamento social e o fato da cloroquina ser eficaz na cura da covid-19. O presidente Jair Bolsonaro tem sido um dos difusores dessa notícia. Segundo o UOL Notícias, o presidente  voltou a defender o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19, repetindo que ele é a prova viva da eficácia deste medicamento contra a doença, mesmo que a eficiência da substância não tenha base científica.

É importante lembrar que todos os comentários que fazemos nas redes sociais podem ser vistos por milhares de pessoas e, dificilmente, quando viralizado, o conteúdo consegue ser apagado da internet. Um exemplo comum são as fotos íntimas de celebridades, comumente chamadas de nudes, que viralizaram na internet, como por exemplo a cantora Luísa Sonza e o atual youtuber e ex participante da dupla Bonde da Stronda, Léo Stronda.

E sobre as informações pessoais que disponibilizamos em nossas redes sociais? Qual o problema delas?

Existem dois tipos de informação que podem ser recolhidas sobre um usuário de uma rede social: a que ele compartilha com os outros e as que são obtidas através de rastreamento eletrônico.

O usuário que optar por publicar informações como pública, sem restringir acessos, estará divulgando informações como fotos e outras mídias, idade e sexo, contatos, interesses, informações biográficas e localização geográfica. Mesmo que o usuário opte pela opção de restringir suas informações, nada impede que aquela rede social mude sua política de privacidade, dando acesso a desconhecidos ao seu perfil. 

Um ato comum relacionado às informações do perfil de um usuário é o roubo de identidade com base nas informações pessoais que o usuário posta ou que outros usuários postam sobre ele. 

Também existem outros criminosos online que planejam fraude, ou assédio a indivíduos. Infelizmente catfishing , atividade enganosa na qual uma pessoa cria uma identidade falsa, em uma conta de rede social, para buscar atenção, praticar bullying ou um se relacionar romanticamente com outras pessoas, é um crime muito comum. O documentário “Catfish”, de 2010, tem como tema central essa prática. Um homem de 24 anos conhece uma jovem no facebook e se apaixona. Eles começam a desenvolver um relacionamento online até que ele decide conhecer essa garota pessoalmente para assim descobrir que, na verdade, ela não era quem dizia ser. 

Você já deve ter notado também que quando procuramos por alguma coisa, ou até mesmo falamos sobre algo perto de nossos telefones, logo depois inúmeras propagandas aparecem sobre o mesmo assunto. Isso são os chamados cookies. Eles são responsáveis por rastrear os dados dos sites que visitamos, armazenar informações associadas a sites específicos, como o que é colocado no carrinho de compras, por exemplo, e criar um perfil para o usuário em torno daquilo que ele visita.

Então é isso? Estamos sempre vulneráveis e desprotegidos nas redes sociais?

Existem inúmeras coisas que você pode fazer para prevenir sua segurança e privacidade na internet, como por exemplo divulgar o mínimo de informação possível, limitando as chances de um criminoso que está à procura de falhas e aberturas nas redes e utilizar apenas os sites que contém um cadeado no lado esquerdo da URL, mostrando que esse site é confiável. É sempre importante, também, monitorar as atividades das crianças na internet e ensiná-las que não podem divulgar suas informações pessoais. 

Aqui vai uma curiosidade pra você!

Você sabia que o empresário e um dos criadores da plataforma facebook, Mark Zuckerberg, utiliza fita adesiva no microfone e na câmera de seu computador? O objetivo é impedir que hackers que eventualmente consigam invadir seu computador ativem a captura de áudio e vídeo para espionar o usuário. Se ele que é um perito na área de tecnologia utiliza desses artefatos para se proteger, quem somos nós para não acreditar e fazer o mesmo, certo?

Escrito por: Camilla Schettino

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