Não quer ser atropelado por um carro autônomo? É melhor entender suas luzes
O carro autônomo ainda não é uma realidade. Mas as montadoras já se preparam há anos para que este tipo de veículo ganhe as ruas em breve. E a Ford, como uma das empresas de olho nesse mercado, anunciou que vem testando sistemas que podem se tornar um futuro padrão de sinalização para carros autônomos.
O objetivo é criar uma linguagem universal de luzes para que todos os usuários das ruas – pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas – possam entender se o veículo autônomo pretende partir, parar ou simplesmente seguir a sua rota.
Para desenvolver essa linguagem de luzes, a Ford afirmou que trabalha em conjunto com a Organização Internacional de Normalização (ISO) e a Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE). O novo sistema se pautará por três pontos principais da padronização: design, a cor dos sinais e o local de sua instalação no veículo.
Como foram os testes nas ruas
Em parceria com o Virginia Tech Transportation Institute (VTTI), a Ford implementou um sistema de sinalização montado no teto de uma Transit. A van era dirigida por um motorista, mas ele foi camuflado com um traje especial para simular um veículo autônomo. Equipada com múltiplas câmeras, a van rodou mais de 3.000 km e registrou as reações das pessoas diante de três códigos de luz:
- Parando: duas luzes brancas se movendo de um lado para o outro, indicando que o veículo vai parar completamente;
- Modo de direção ativo: uma luz branca contínua para sinalizar que o veículo pretende continuar no seu trajeto atual – apesar de poder reagir a outros usuários da pista;
- Pronto para partir: uma luz branca piscando rapidamente, comunicando que o veículo começa a acelerar depois de uma parada.
Todas as imagens foram catalogadas e, segundo a Ford, mostraram que os sinais não geraram nenhum comportamento inseguro nos usuários.
O próximo passo
O sistema será testado novamente no mundo real. A Argo AI, empresa parceira da Ford, especializada em sistemas inteligentes, vai observar as reações dos usuários das ruas usando uma pequena frota do Ford Fusion Hybrid autônomos na região de Miami, na Flórida.
Pesquisas também estão sendo realizadas na Europa para entender como os sinais são compreendidos em outras regiões e culturas.
Os testes precisam chegar a conclusão de que o padrão adotado seja compreendido tão rapidamente quanto uma luz de freio ou luz de seta. Afinal, os veículos autônomos não podem ter nenhuma brecha no quesito segurança para não confundir os pedestres.
E você, confiaria na sinalização de um carro autônomo ao atravessar a rua? Deixe seus comentários aqui embaixo.
Fonte: olhardigital.com.br