A utilização da Impressora 3D na medicina

A impressora 3D foi inventada pelo engenheiro Chuck Hull, em 1984 e é aperfeiçoada a cada dia. A sua principal vantagem é a realização de prototipagem rápida e de baixo custo, além disso, a forma como trabalha é bem simples. Primeiramente, o projeto é desenhado no computador em um software 3D e depois é enviado para impressora. Logo em seguida, o aparelho aquece a matéria-prima, que são os filamentos, e então, começa a criar camadas sucessivas até gerar o modelo tridimensional desejado.

Com passar dos anos, a impressão 3D tem sido cada vez mais utilizada, pois essa ferramenta tem aplicações em diversos ramos e seu vasto campo de atuação é decorrente de sua quase infinita possibilidade de criação. Através dessa tecnologia, a visualização de peças ou prédios pelas maquetes ficou mais fácil, na engenharia e na arquitetura. Outra área que obteve benefícios foi a medicina, o que será mostrado a seguir.

No passado, os objetos eram feitos de forma artesanal, um método capaz de criar peças únicas e personalizadas. Entretanto, é um processo demorado e que, se fosse utilizado para a medicina, não teria garantia de eficiência. Ao longo do tempo, surgiu o modelo industrial, ótimo para produção em massa, porém difícil para criar algo específico e personalizado. Com a invenção da impressão 3D, é possível, de forma rápida e barata, atender as necessidades da área hospitalar.

Sabe-se que a impressora trouxe vantagens para o ramo da saúde, mas quais seriam esses benefícios?

  • Análise Pré-Cirúrgica:
    Em pacientes graves, os quais necessitam de uma preparação rigorosa e uma série de exames, como (tomografia, ressonância, ultrassom), é possível reproduzir os órgãos específicos em 3D. Com o modelo anatômico em mãos, o médico consegue ilustrar para o paciente a situação e sanar alguma possível dúvida, além de ter uma análise mais criteriosa e assertiva, o que auxilia a realizar uma cirurgia mais segura e precisa.
  • Fabricação de prótese:
    Como a impressão 3D possui baixo custo, tornou-se mais prático a fabricação de próteses e dentaduras por meio dessa ferramenta. Dessa forma, todos os itens são mais acessíveis, pois podem ser personalizados para o usuário. Devido a pesquisas, também já foi realizado a reparação de crânio, o que reforçou a proteção ao cérebro do paciente. Além disso, cientistas querem substituir o gesso por protótipos 3D, que seriam feitos de plásticos termomoldáveis, biodegradáveis, além de serem arejadas, higienizáveis, resistentes e à prova d’água.
  • Impressão de Órgãos:
    Ainda não foi realizada, mas muito em breve será possível imprimir até mesmo órgãos para transplante. Isso tornaria dispensável a necessidade de um doador e aumentaria a compatibilidade do paciente, além de diminuir a fila de espera e de ser mais barato. Existe também o estudo para impressão de cartilagem e pele, para modelar partes do corpo que podem ter sido perdidas, como orelha, e tratar de doenças na pele ou queimaduras. O principal desafio é encontrar um material que não seja rejeitado pelo organismo. Atualmente, os cientistas realizam estudos com células troncos e fragmentos de órgãos.

E diante da pandemia, será que a impressão 3D conseguiu ajudar de alguma forma?

  • Na Itália, o número de válvulas de oxigênios estava cada vez mais escasso. Por causa disso, os cientistas precisavam de uma solução rápida e prática. Como resultado, foi produzido válvulas por impressoras 3D, apesar de não serem tão eficazes como as originas, elas puderam salvar vidas.
  • Para diminuir o contágio entre a população, máscaras e viseiras protetoras foram produzidas em massas para suprir a necessidade.
  • O coronavírus ataca os pulmões do paciente, que necessita de cuidados especiais e oxigenação. Consequentemente, um grupo de engenheiros e designers teve a ideia de desenvolver ventiladores pulmonares impressos em 3D. Apesar de não ter intenção de substituir os ventiladores da área hospitalar, eles pretendem, com o baixo custo, auxiliar em casos urgentes de extrema necessidade.
  • Na China, o governo criou estandes de isolamento em 3D, para que os pacientes contaminados com o coronavírus pudessem ficar em quarentena. O estande possui 10m² e uma impressora é capaz de construir 15 deles por dia.

Podemos notar que a impressão 3D avança cada dia mais e pode ser um grande auxílio para medicina. Além de que, muito em breve, poderá solucionar problemas atuais e atender grande parte da população com uma maior qualidade.

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Fontes:
Portal Telemedicina
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Youtube – Jornal O Globo
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Escrito por: João Pedro F. Barreto