Para que você não queime as antenas da internet 5G, é melhor você conhecer um pouco essa nova tecnologia

Para que você não queime as antenas da internet 5G, é melhor você conhecer um pouco essa nova tecnologia

O 5G é a mais nova tecnologia relacionada à internet móvel e à geração de redes sem fio. A tecnologia, sucessora do 4G, promete diversas inovações na comunicação e muitos países já estão atualizando sua infraestrutura para implementá-la. De forma contraditória, a tecnologia que pretende melhorar a forma como informações serão compartilhadas é a mesma que sofre ataques fruto da desinformação das pessoas.

O que são os “G”s?

Em 1970, o engenheiro Martin Cooper, da empresa Motorola, inventou um dispositivo portátil capaz de permitir comunicação sem fio bidirecional, o celular. Essa invenção fez com que diversas tecnologias sem fio começassem a se desenvolver. 

Na década de 80, a primeira geração de conexão sem fio, denominada de 1G (“G” de geração), começou a ser usada. Entretanto, com velocidade próxima à de internet discada e qualidade de chamadas de voz péssimas, o 1G foi substituído pelo 2G em 1890. Além de melhor qualidade de voz, o 2G trouxe uma tecnologia digital permitindo o advento dos SMS (Short Messaging Service).

Depois de fases de transições chegou-se no 3G, em 2000, que teve a capacidade de transferência de dados aumentada de forma exponencial. Além de conseguir realizar chamadas e SMS’s, os dispositivos se tornaram capazes de fazer transmissão de vídeos em tempo real, acesso a serviços de stream, entre outras coisas. Essa geração revolucionou os celulares e permitiu que eles se tornassem os smartphones.

Já em 201, as velocidades de 45 Mbps marcaram a ascensão do 4G, que foi rapidamente implementada nas grandes cidades, mas até hoje não tem a mesma cobertura que o 3G tem.

A quinta geração tecnológica de comunicação sem fio ainda está em seus estágios iniciais, mas já começou a aparecer no mercado no final do ano de 2019 e de 2020.

Fonte: G1

Quais são as características da quinta geração?

Desde 2008 que grupos de pesquisadores tentam estruturar e desenvolver a infraestrutura necessária para dar vida ao 5G. A meta inclui velocidades significativamente mais rápidas (um mínimo de 1 Gbps e talvez até 10 Gbps) e tornar tudo conectado, como celulares, carros, geladeira, máquinas de lavar e câmeras de segurança, entre outros eletrônicos. Essa tecnologia é, então, não só um avanço para a comunicação, mas também para a sociedade.

Características da 5ª geração:

  • Alta velocidade;
  • Fornece transmissão ampla de dados em Gbps;
  • Transmissão de dados mais rápida que da geração anterior;
  • Suporte para a WWWW (wireless World Wide Web);
  • Velocidades de download e upload muito mais altas e latência menor;
  • Vídeos para aparelhos móveis quase instantâneos e sem interrupções por causa da transmissão;
  • Videochamadas mais claras e menos irregulares;
  • Suporte multimídia interativa, voz, streaming de vídeo, internet e outros.

O 5G usa faixas de frequência mais altas da telefonia para funcionar, de 3,5 GHz (Gigahertz) a pelo menos 26 GHz. Porém, o comprimento de onda menor, faz com que seu alcance seja mais curto. São as chamadas “ondas milimétricas”. Essas ondas são facilmente bloqueadas por objetos físicos, mas como ainda não se definiu os protocolos do 5G, é provável que vá existir módulos de antenas de telefonia menores, próximos ao chão, entre um número bem maior de transmissores e receptores, que garantirá uma cobertura mais ampla.

Com a velocidade e a cobertura do 5G, espera-se que ocorra até mesmo a  substituição das redes domésticas de WI-FI.

A tecnologia gera risco à nossa saúde?

Durante a pandemia do Coronavírus (SARS-CoV-2), algumas pessoas diziam existir algum vínculo entre a doença e o 5G, e que as frequências emitidas pelas antenas estavam gerando o vírus. Outras diziam que as vacinas feitas para combater o vírus tinham chips com conexão 5G e quem as tomasse seria controlado pelo chip. Essas fake news motivaram dezenas de ataques incendiários contra postes de telecomunicações na Holanda, Irlanda, Chipre, Escócia, País de Gales, Inglaterra, Bélgica, Itália, Croácia e Suécia.

Além disso, a história dos pássaros e abelhas que morreram por decorrência do 5G também é falsa e não passa de teorias da conspiração. Na verdade, A potência do 5G vai ser bem menor (com relação ao 4G), então a possibilidade de efeitos sobre a saúde, que já não existem, será menor ainda. Além disso, todas as faixas de radiofrequência são do tipo não ionizantes, ou seja, não têm potência suficiente para quebrar relações moleculares. (Uol Tilt)

A consequência da desinformação atrasa a instalação dessa tecnologia, como em Santa Catarina, que um projeto de lei queria proibir a instalação das antenas 5G no estado.

O que falta para ter 5G no Brasil? 

A empresa de telefonia Claro trouxe, em julho de 2020, o 5G DSS, oferecido em parceria com a empresa Ericsson e que compartilha frequências que já funcionam no Brasil para entregar uma internet, segundo ela, até 12 vezes mais rápida que o 4G tradicional. Mas ainda não opera nas faixas a serem usadas pelo 5G, que ainda dependem de um leilão da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações), atualmente previsto para 2021.

A tecnologia deve chegar definitivamente no Brasil apenas no ano que vem. O leilão para o 5G no país deve ser o maior de radiofrequências da história do país e a maior oferta pública de capacidade para a tecnologia móvel de quinta geração no mundo. Previsto para ocorrer no final de 2020, o leilão foi adiado por conta da pandemia da covid-19, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN).

Ouça mais sobre internet 5G no nosso podcast

Por: Giovanni Tomasco

Administrador