Como a tecnologia irá ajudar as pessoas cegas?
Você já imaginou até onde a tecnologia é capaz de nos levar?
Como futuros profissionais, independente da área de atuação, é necessário conversarmos sobre a inclusão de todos na sociedade. Os pequenos avanços na engenharia vêm possibilitando tornar o mundo um lugar cada vez mais inclusivo para toda a população através de invenções testadas por todo o mundo, como por exemplo o dispositivo que Stephen Hawking usava para se comunicar através do movimento das bochechas.
Você sabe o que seria a Second Sight’s Orion System?
Esse sistema foi desenvolvido para possibilitar pessoas cegas a enxergar. Nesse exato momento você deve estar se perguntando como isso tudo é possível, já que essas pessoas ou nasceram ou perderam a visão completamente durante algum período de suas vidas.
O nosso cérebro é dividido em várias funções e cada uma delas atua em uma parte do nosso corpo. Por exemplo, a parte de trás do nosso cérebro é responsável pelo controle do equilíbrio. Dessa mesma forma, nosso cérebro tem uma parte responsável pela nossa visão: o córtex visual, responsável pelo processamento das imagens captadas pelos nossos olhos.
Quando o córtex visual não é inteiramente afetado pela cegueira, é possível estimular o mesmo a fim de fazê-lo voltar a funcionar.
Como isso funciona?
1 – O paciente estará vestindo óculos que contém uma pequena câmera em seu centro. Essa câmera é a responsável por captar qualquer imagem, como se fosse os olhos de uma pessoa.
2 – Após captar a imagem, a mesma é transmitida para um pequeno computador que está ligado ao óculos por meio de um fio. Esse computador irá reconhecer toda a imagem e transformar a mesma em sinais elétricos.
3 – Esses sinais elétricos são, então, transmitidos para uma pequena antena que está atrelada ao óculos. Essa antena vai transmitir esses sinais elétricos recebidos para um receptor que estará atrelado na parte inferior do crânio.
4 – Esses sinais serão transmitidos do receptor para um eletrodo que estará presente no cérebro.
5 – Os eletrodos irão estimular as células neurais no córtex visual possibilitando que a pessoa seja capaz de ver.
Entretanto, quando dizemos que a pessoa é capaz de ver novamente não estamos nos referindo a uma visão como era antes.
Tente imaginar 60 pontos de luz distribuídos de forma desigual por uma superfície preta. O que os cientistas trabalham é para que esses pontos de luz possam se transformar em imagens, como por exemplo números e formas.
Enquanto eram testados com o aparelho, um paciente foi capaz de sair de sua casa junto com seu acompanhante, ir até um bar e organizar todas as bolas de sinuca na ordem certa.
Apesar de parecer uma solução perfeita, infelizmente, essa invenção ainda passa por alguns problemas. Por ser uma cirurgia no cérebro, é necessário que que o implante desenvolvido seja capaz de ter uma vida útil com duração equiparada com a vida humana, o que muitas vezes não acontece visto que nosso cérebro interpreta o mesmo como um intruso e a partir dos anos começa a digerir o implante. Como forma de solucionar o problema, pesquisadores por todo o mundo estão testando essa prótesis há anos com o objetivo de imitar como o cérebro reagiria a estresse, calor e líquidos para que este torne-se duradouro.
Já pensou como essa tecnologia é capaz de mudar o mundo?
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Escrito por: Camilla Schettino