Biomimética

Biomimética

Na engenharia, a busca por soluções eficientes é o que nos move! E encontrar soluções de forma inovadora é o que permite a evolução das técnicas e ferramentas. Nosso assunto de hoje é justamente sobre isso. Vamos falar sobre o biomimetismo! O nome pode até soar diferente ou estranho, mas certamente, em algum momento você já se deparou com algum exemplo de biomimética. A palavra tem origem grega e por sua etimologia podemos ter noção do que se trata, bio significa vida e mimetismo cópia.

A Biomimética é a imitação da vida, sendo uma área da ciência que estuda a natureza, em todas suas manifestações, visando inspirar-se nas suas formas, buscando beleza estética, resistência, durabilidade e funcionalidade.

Seria um enorme desperdício ignorar a inteligência de organismos e ecossistemas com bilhões de anos de evolução, não é mesmo? As soluções e inspirações, que tanto precisamos, muitas vezes estão na natureza. 

Vamos ver alguns exemplos de biomimética!

1)O martim-pescador e o trem bala.

Esse exemplo é antigo porém muito interessante. Há trinta anos, o trem-bala japonês enfrentava um problema: o ar se acumulava em sua dianteira quando entrava em algum túnel. Na saída, a massa de ar comprimido reduzia a velocidade do trem e criava uma onda sonora que “estourava”, prejudicando a saúde de animais, passageiros e pessoas que viviam nos arredores.

Para solucionar esse problema, engenheiros buscaram a  solução na anatomia do bico do martim-pescador, uma pequena ave aquática. Eles se deram conta de que o bico longo, afiado e pontiagudo desse pássaro é ideal para um mergulho perfeito. O bico, que se parece a dois triângulos arredondados, aumenta em diâmetro da ponta à cabeça, minimizando o impacto quando o pássaro atinge a água. Ou seja, ao mergulhar, a água flui ao redor do bico, em vez de se acumular na frente dele, exatamente o contrário do trem-bala. Foi assim que o martim-pescador ajudou os engenheiros no projeto do novo “nariz” do trem-bala japonês. Ao ser testado, o novo trem foi mais rápido, silencioso e mais potente, com uma resistência ao ar 30% inferior à do modelo antigo.

2)O helicóptero e a libélula.    

Nesse exemplo podemos observar estética e funções similares. As libélulas possuem dois pares de asas, uma anterior e outra posterior, que operam de forma assíncrona. Ou seja, enquanto as duas asas dianteiras sobem, as traseiras abaixam. Elas são movidas por dois grupos diferentes de músculos, que estão ligados a um sistema de alavancas. Assim, enquanto um grupo move um par de asas por contração, o outro move o segundo por ação reflexa. Os helicópteros sobem e descem usando uma técnica semelhante. Este mecanismo permite que tanto a libélula quanto o helicóptero possuam estabilidade de voo, permite que “voem para trás”  e que mudem a direção de voo rapidamente.

3)O palácio e a Vitória Régia.

Grandes obras da arquitetura também se baseiam em estruturas observadas na natureza. É o caso do Palácio de Cristal, situado em Londres (Reino Unido), que teve sua inspiração na planta Vitória Régia ou da Catedral da Sagrada Família – projetada pelo arquiteto Antoni Gaudí em Barcelona (Espanha) – cujo interior reproduz uma floresta de árvores.

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Escrito por: Luísa Barbosa.

Luísa Barbosa