Portugal entre os mais competitivos na energia solar
“O que soubemos [Governo] fazer foi valorizar junto dos investidores internacionais o que são as condições naturais do país, fazer um enquadramento regulatório claro e transparente que atraísse o investimento e criar condições para que estes investimentos crescessem num país que, na energia solar, é dos mais competitivos do mundo”, afirmou Manuel Caldeira Cabral.
O ministro falava aos jornalistas no concelho de Ourique, no distrito de Beja, no Alentejo, onde hoje inaugurou a Central Solar Fotovoltaica Ourika!, a primeira grande central solar da Europa a produzir energia em regime de mercado, ou seja, sem tarifas garantidas ou outros subsídios estatais que acarretam custos para os consumidores e contribuintes.
A central solar, que foi a primeira a ser licenciada em Portugal para operar em regime de mercado e implicou um investimento de 35 milhões de euros, tem uma potência total instalada de 46 megawatts-pico e, durante 30 anos, vai produzir 80 gigawatts-hora de energia por ano, o suficiente para garantir o consumo de 25 mil famílias.
“Portugal tem das melhores condições, não só na Europa, mas [também] a nível mundial, para produção de energia solar e o que se vê é que, de facto, os investidores responderam bem”, sublinhou.
“Esta estratégia que seguimos de um quadro regulatório sem subsídios vai, a prazo, contribuir para a descida do preço da energia em Portugal”, frisou, referindo que o Governo quer “continuar com uma estratégia consistente de aumentar o espaço das energias renováveis na produção”, mas “cada vez onerando menos os consumidores” e, neste sentido, as novas centrais a produzir “sem qualquer subsídio, portanto sem qualquer custo adicional para os consumidores”.
Por outro lado, as novas centrais “garantem” que Portugal vai passar a ser “cada vez mais um exportador de energia, um país que cumpre e até ultrapassa as metas ambientais que se propõe na União Europeia e, “progressivamente”, terá “custos de energia mais baixos, tornando as empresas mais competitivas e dando mais poder de compra às famílias”.
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Fonte: Sol Central