A energia solar já está no mercado há algum tempo e um dos seus contras é que a célula fotovoltaica tradicional não consegue gerar energia à noite.
Mas e se já houver uma solução para isso?
Também conhecidos como painéis lunares, embora não tenham nada a ver com o lindo satélite, os painéis antissolares estão aqui para ajudar a iluminar a noite. Bem, não apenas para iluminar, mas também para qualquer uso que você deseje, ou precise, dar para a eletricidade.
Este sistema foi inspirado nas leis da termodinâmica e funciona com um gerador termoelétrico. O princípio pode ser descrito através do uso do potencial de absorção de calor do espaço sideral e da radiação infravermelha liberada pela superfície quente da Terra durante a noite para criar diferentes temperaturas nas superfícies do painel antissolar.
Esse tipo de dispositivo utiliza uma célula conhecida como termo-radiativa para gerar eletricidade, essa funciona de maneira semelhante à já conhecida célula fotovoltaica. Porém, os painéis lunares demandam materiais capazes de capturar luz com comprimentos de onda longos.
Jeremy Munday, um cientista da Universidade da Califórnia que liderava um estudo sobre o assunto, admitiu algumas limitações em seus protótipos. Na época, o antissolar alcançou a capacidade de produção de apenas 25% da eletricidade gerada por um painel solar comum.
No entanto, pesquisadores da Universidade de Stanford estão prometendo uma melhora de até 120% em um novo estudo publicado na revista Optics Express.
Um grande ponto a ser mencionado é a possibilidade desse dispositivo também funcionar durante o dia, bastando afastá-lo do sol ou encobrir sua superfície.
Mas afinal, como funciona um gerador termoelétrico?
Basicamente, quando um dos lados do material termo condutor, geralmente metálico, é aquecido ou resfriado, os elétrons presentes se movem para o lado mais frio. Esse movimento diferencial gera uma corrente elétrica, a qual é percebida por eletrodos graças a diferença de potencial e é convertida em corrente elétrica.
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