ONS eleva indicador de custo de energia para a próxima semana
Há previsão menor de chuvas para março, segundo o ONS. No Sudeste, indicador subiu para R$ 1.204,34 por megawatt/hora.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou um indicador de custo de energia para a próxima semana, diante de um cenário de previsão menor de chuvas para março e consumo de carga relativamente estável em relação às estimativas divulgadas na semana passada.
O chamado Custo Marginal de Operação (CMO) — valor que ajuda a compor o preço da eletricidade no mercado de curto prazo — para as regiões Sudeste e Sul do país na próxima semana subiu para R$ 1.204,34 por megawatt/hora ante R$ 1.130,44 definidos para esta semana.
Já para as regiões Nordeste e Norte, o custo também subiu, a R$ 1.040,32 e R$ 737,71 o MWh, respectivamente. Os valores para esta semana estavam em R$ 759,12 e R$ 538,73.
A expectativa atualizada do ONS para as chuvas sobre reservatórios de hidrelétricas durante março foi revisada para 80% da média história para o mês ante 83% estimados na semana passada. Para o Nordeste, a previsão se manteve em 39% da média, enquanto para o Sul houve queda na projeção de 122 para 116 por cento da média histórica para o mês.
Com isso, o ONS agora espera que as represas de hidrelétricas do Sudeste terminem o mês com nível de 28,6% de acúmulo de água, abaixo da projeção de 29,1% divulgada na semana passada. Para o Nordeste, o nível esperado para o fim do mês é de 23,9%, ante 23,3% previstos anteriormente.
O ONS também alterou a projeção para crescimento da carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) em março para 2,5% sobre um ano antes, ante 2,4% divulgado na semana passada.
Na véspera, o diretor geral do ONS, Hermes Chipp, afirmou que a previsão de carga de energia movimentada pelo SIN pode sofrer uma revisão para alta de apenas 0,2% este ano ante estimativa atual de crescimento de 3,2%.
Segundo ele, com o preço mais caro da energia diante da vigência de bandeiras tarifárias vermelhas, a tendência será de redução do consumo de eletricidade no país, influenciada ainda pelo baixo crescimento da economia.
Fonte: G1